7 de mar. de 2013

Situações Negativas


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71 - Disse Jesus: Destruirei esta casa, e ninguém a poderá reconstruir.

Os outros Evangelhos referem: Disse Jesus, destruí este templo, e em três dias o reconstruirei. Referia-se ele ao templo do seu próprio corpo, e não ao templo de Jerusalém, como os judeus compreenderam.

Nenhum homem pode construir a casa ou o templo do seu corpo, construído por Deus. Paulo chama o nosso corpo o templo do espírito santo, que não deve ser profanado pelo homem.

De dois modos pode o homem profanar o seu corpo, santuário da alma: ou pela hipertrofia – ou pela atrofia. O homem profano comete sacrilégio contra esse templo de Deus, usando-o unicamente para satisfazer os seus apetites, comendo, bebendo, gozando.

Muitos santos atrofiavam o seu corpo, porque viam nele o inimigo da alma. Se agiam com boa vontade, não agiam com sabedoria. O corpo não é, de per si, inimigo da alma, e sim seu veículo e auxiliar. O corpo deve a tal ponto ser disciplinado pela alma que lhe sirva em tudo como servo dócil e obediente. Aliás, é erro atribuir pecado ao corpo; quem peca é a nossa mente, e não a matéria. Quando a nossa mente é serva dócil da alma, o corpo é servo dócil da mente – e reina perfeita harmonia na vida do homem.

Quando alguém se mata de uma vez é chamado suicida; muitos, porém, cometem suicídio em prestações, e são considerados homens sensatos. Suicídio em prestações é arruinar paulatinamente a saúde e sanidade, seja por uma vida desregrada, seja por excesso de mortificações. O filósofo estóico Sêneca, escreveu: “O homem não morre – o homem se mata”.

Mais do que nunca, é isto verdade nas grandes metrópoles do nosso tempo, onde milhares de seres humanos envenenam sistematicamente o seu corpo numa atmosfera poluída e envenenam a sua mente num ambiente social mais poluído ainda. A humanidade chamada civilizada caminha diariamente a um suicídio coletivo imperceptível. O egoísmo, a ganância, a luxúria, a ambição, a chamada civilização, prometem tornar a vida humana agradável, mas são fatores traiçoeiramente mortíferos.

E quem reconstruirá a casa da alma destruída pelo homem?



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