29 de out. de 2010

Samadhi (Eu Superior)


Mouni Sadhu - ed. Pensamento
 
img Na segunda metade do século XX, a questão dos aspectos superiores de consciência do homem, comumente chamados de Supraconsciência, está se tornando cada vez mais urgente para os pensadores profundos. Muitas obras têm aparecido sobre o assunto e, a julgar pela popuparidade que alcançam,pode-se deduzie o interêsse que suscitam.
Para um homem de pensamento, não há duvidas que a consciência dos seres humanos vem sendo submetida a uma evolução constante. Ninguém negaria que há apenas dois milênios o Eu do homem era muito mais primitivo que no século XX, para não falar em raças e tribos pré-históricas pertencentes, digamos, à Idade da Pedra, etc.
O fato de a humanidade estar passando pela evolução do seu tesouro interior, que é a consciência do Eu, não significa que todos estejam progredindo com a mesma intensidade. Nessa questão não há, e nunca houve, nenhuma igualdade. Os caminhos sempre foram mostrados pelos filhos mais desenvolvidos do homem, e os demais os seguiram, com maior ou menor lentidão. Não há dúvida de que se houvesse um Sócrates ou um Pitágoras vivendo em nosso tempo, eles também seriam reconhecidos pelo menos como homens sábios e eminnentes por aqueles cujo critério interior fosse suficientemente desenvolvido.
Mas isso não significa que todas as pessoas que viveram na época de Sócrates fossem receber reconhecimento e respeito semelhantes em função de suas qualidades, que, para nós, poderiam mostrar-se um tanto limitadas e primitivas.

O mesmo ocorre em nossa época: poucas pessoas tornam-se suficientemente maduras para trilhar novos caminhos, novas formas de consciência existente entre nós. As massas não estão interessadas neles, preferindo usar os aspectos mais materiais da civilização, como o mais recente progresso técnico, com todas as invenções e engenhocas decorrentes.

Como definição principal, em conformidade com a tradição ocultista oriental e ocidental, temos de fazer uma estrita distinção entre dois tipos de termos : 

1. Visões Suprasensoriais : Êxtases, Aparições, Evocações Mágicas, Sexto Sentido e Fenômedos mesméricos e Espíritas; em resumo, tudo o que sabemos a partir de livros populares sobre temas ocultistas.

2. Supraconsciência Real, que independe de todas as visões e de outras condições interiores ou exteriores nas quais o homem possa se encontrar. 

Consideramos as expansões da percepção (visões, êxtases, transes, clarividência, clariaudiência, mediunidade, etc) como meros aguçamento e desenvolvimento de sentidos não físicos do homem, embora não passem de umtipo diferente de atividade dos sentidos físicos. Assim, ensinou Sri Ramana Maharshi (o principal expoente do pensamento contemporâneo hindú). Vemos que, nesse caso, nenhum principio foi alterado; houve apaenas a ampliação da escala de percepções. Em outras palavras, ainda permanece o velho binário : Eu e Não-Eu. Na filosofia ocultista, os binários não resolvidos são conhecidos como concepções não-produtivas, que nos mantêm na velha ignorância básica da Suprema Verdade do Ser. Dessa maneira, não podemos encontrar, na relatividade de nossa imersão em mundos diferentes nenhuma consciência suprema, ou seja, absoluta e não relativa, que possa ser definida como verdadeira "Supraconsciência".
 
Maharshi afirma

A - Sómente o Samadhi pode revelar a verdade.

B - No Samadhi há apenas a sensação Eu-Eu, e nenhum pensamento. É, evidente uma tentativa de exprimir, na linguagem e terminologia da mente, o que de fato não pode ser interpretado por palavras. Mesmo com tal dificuldade, essa afirmação do sábio Maharshi tem um caráter iluminador e prático.
"O que existe no Samadhi, quando o homem está nesse estado de consciência ?"

- A Unidade essencial e gloriosa, onde não existe dualidade. Há apenas o Eu sem palavras e sem pensamentos, ou o Eu Sou. Por coincidência, esse Eu Sou o que Sou é uma definição do Ser Supremo (Essência), de que fala o Antigo Testamento. Maharshi mais de uma vez sublimou esse fato.
O alvo a ser atingido pela consecução do Samadhi é entrar num estado de consciencia pura, em que não há sujeito nem objeto. Não é preciso ressaltar que esse estado se acha muito além de todas as encarnações, isto é, vida em formas; na realidade, ele transcende todos os corpos, limitações e condições, nele não havendo, como já se disse, sujeito nem objeto. 

img Por certo, não é fácil sequer imaginar tais alturas com o esforço da mente; mas isso não é senão natural e lógico. No Samadhi, a mente é deixada muito para trás, como instrumento de consciência, e com ela ficam mtodos os sentimentos e pensamentos, que estão ausentes daquele estado sublime. Cessam também todas as transformações.
Permanece apenas a Paz que nada pode perturbar. Essa é a paz, que ultrapassa todo o entendimento (mente) humano. E, no entanto, mesmo agora, há almas nesta Terra que atingiram essa Paz, e também aquelas que estão lutando para atingí-la.

O desenvolvimento do Samadhi, transforma toda a consciencia de um homem, os seus pontos de vista, os seus interêsses, os seus empenhos e os seus objetivos. Ele mata a atitude egocêntrica e mostra ao homem a realidade da vida física, em toda a sua relatividade e com todas as suas imperfeições. Ele remove o espectro da morte, que é inseparável da existência num corpo. Então, como é natural, o homem não se considera uma incômoda e teórica combinação de "corpo e alma", sem ter nenhum conhecimento real da "alma", que opera apenas com teorizações emprestadas.

Ao se atingir a Consciência Absoluta (no Samadhi), não há lugar para a relatividade ou imperfeições. Supera todas as coisas sujeitas ao tempo e ao espaço.

Definição de Blavatsky, (extraída do Glossário Teosófico) :`Samadhi é um estado de arrebatamento extático completo. Tal palavra deriva das palavras sam-âdha, (posse de sí mesmo). Quem possui tal poder é capaz de exercer um domínio absoluto sobre todas as faculdades, tanto físicas quanto mentais. É o supremo grau do Yoga. É a contemplação extática ou supraconsciência, é aquele estado em que a concentração mental chega a um ponto tão extremo, que a mente assim fixa unifica-se com o objeto em que se encontra concentrada ( ou seja, o Espírito), cessando todas as suas transformações, e o asceta perde a consciência de toda individualidade, incluisive a sua própria, e se converte no TODO. O Samadhi é um estado em que a consciência se encontra tão dissociada do corpo, que este permanece insensível. É um estado de alienação ou de êxtase, no qual a mente está completamente consciente de sí mesma, e do qual volta ao corpo com o conhecimento ou experiências adquirídas durante o mesmo, recordando-os logo que retorna ao cérebro físico.

Annie Besant : O samadhi é de dois tipos Savikalpa - aquele em que a mente se encontra em repouso temporal, sem estar completamente absorvida no Espírito; e Nirvikalpa - é o mais elevado, aquele em que, graçs a um desprendimento total supremo, a mente se encontra absorvida no Espírito e o vê em todas as partes. estando então a mente aniquilada, só o Espírito brilha em toda a sua glória natural e o iogue adquire a consciência intuitiva.

Cântico da Alma - Sankarachaya - Atman Dourado 


img Não sou ego nem razão, nem sou mente ou pensamento Não posso ser ouvido ou vertido em palavras, nem pelo odor ou visão jamais ser captado :
Sou a consciência e a felicidade encarnada, sou a Bem-aventurança do Bem-aventurado Não sou encontrado nem na luz, nem no vento, nem na terra, nem no céu. Não tenho nome, não tenho vida, não respiro o sopro vital, Nenhum elemento me conformou, nenhuma veste corpórea é minha morada:
Não tenho fala, nem mãos, nem pés, nem meios de evolução Sou a consciência e a felicidade, e a Bem-aventurança em extinção.
Deixo de lado ódio e paixão, vencí a ilusão e a cobiça; Nenhum toque de orgulho me acaricia; assim, a inveja nunca é criada; Além de todas as crenças, passada a influência da riqueza, da liberdade e do desejo, Sou a consciência e a felicidade, e a Bem-aventurança é o meu ornamento.
Virtude e vício, ou prazer e dor não são a minha herança, Nem textos sagrados, nem oferendas, nem oração, nem poeregrinação; Não sou comida, nem alimentação, nem sou aquele que come Sou a consciência e a felicidade encarnadas, Sou a Bem-aventurança do Bem-aventurado.
Não tenho medo da morte, nem me dividem abismos de raça, Nenhum Pai jamais me chamou de filho, nenhum vínculo de nascimento jamais me enlaçou; Não sou discípúlo nem mestre, não tenho parente nem amigo Sou a consciência e a felicidade, e imergir na Bem-aventurança é o meu fim.
Não sou nem cognoscível, nem conhecimento ou cognoscente; ser informe é a minha forma, Resido dentro dos sentidos, mas eles não são o meu lar : Para sempre serenamente equilibrado, não estou livre nem atado Sou a consciência e a felicidade, é na Bem-aventurança que sou encontrado !

  

Revolução Junguiana

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A psicologia analítica de Jung é um caso curioso na ciência. Pode-se dizer que suas idéias muitas vezes são melhor assimiladas entre o público médio que dentro do meio acadêmico. Hoje, quatro décadas após sua morte, suas teorias a respeito da psique humana, do inconsciente e dos sonhos ainda são consideradas revolucionárias e um tanto místicas.E o que é mais estranho: elas são, a cada dia, mais assimiladas por áreas distintas da psicologia como a física subatômica, a sociologia, a antropologia e até mesmo a ufologia. O que afinal possuem as idéias de Jung que tanto incomoda os acadêmicos ortodoxos, cativa os leigos e aproxima as ciências?Neste artigo você vai conhecer um pouco sobre a vida e as idéias deste que é considerado o 1º pensador da pós-modernidade e o mais revolucionário pesquisador da consciência.Carl Gustav Jung nasce em 1875, em Kesswill, na Suíça. Forma-se médico e especializa-se em psiquiatria, ciência em formação. O interesse pelos distúrbios mentais o faz desenvolver profundos estudos sobre a mente e suas conclusões o aproximam de Freud em 1907. O já famoso psicanalista judeu-austríaco é persona non grata no meio universitário e enfrenta dificuldades para ter levadas a sério suas idéias sobre o inconsciente. Freud logo reconhece o alto valor do suíço e vê nele, no não-judeu, a cabeça ideal para levar adiante a psicanálise. Jung, chefe de clínica do famoso hospital psiquiátrico de Zurique, mesmo ciente dos riscos que corre sua carreira e vendo limitações comprometedoras nas teorias do mestre vienense, toma defesa de Freud em público e assim tornam-se colaboradores.Seus estudos, porém, levam-no a divergir da Psicanálise e a dolorosa ruptura acontece em 1912. Freud sente-se traído. E Jung vê-se em apuros pois conhecidos e amigos o abandonam. Inicia-se aí o período mais difícil e delicado de sua vida onde ele abandona as atividades acadêmicas e parte para um solitário, terrível e decisivo confronto com o inconsciente - que levará anos e quase lhe será fatal.

Mas ele emerge dessa fase revigorado e prossegue, mesmo consciente que dificilmente a mentalidade científico-ocidental levará a sério coisas como inconsciente coletivo, mitologia e alquimia - para ele fundamentais na compreensão de certos processos psíquicos. Morre aos 86 anos, em 1961, deixando uma instigante obra, ainda hoje revolucionária.A maioria dos cursos de psicologia de hoje dedicam, quando muito, uma ou duas disciplinas às idéias de Jung. Assim como a medicina tradicional ainda está presa ao paradigma mecanicista newtoniano, nossa psicologia "oficial" ainda é freudiana/psicanalítica. No entanto alguns pesquisadores apoiaram as teorias do suíço, inclusive físicos (!) que viram em suas inusitadas descobertas no mundo das partículas subatômicas, incríveis semelhanças com as teorias junguianas. Para esses cientistas o mundo dos átomos revelava uma espécie de consciência e, de repente, era como se mente e matéria não fossem tão distintas assim e se influenciassem mutuamente - como afirmava Jung, desafiando o paradigma newtoniano/descartiano vigente. Sociólogos e antropólogos também o apoiaram e a Psicologia Transpessoal surgiu a partir dele.
Como pesquisador da consciência, terapeuta, antropólogo e pensador, Jung levou suas descobertas a uma abrangência notável, refletindo sempre sua preocupação com o futuro da humanidade. Suas idéias estão cada vez mais presentes em livros, grupos de estudo e nas novas maneiras de se interpretar a realidade. E de algum tempo para cá o público médio, buscando novos modelos de entender a vida, passou a se interessar por ele.

Ciência e Eu Superior

Jung afirma que o inconsciente não é subproduto da consciência nem mero depósito de desejos recalcados e frustrações sexuais, como pensava Freud. Para ele o inconsciente é uma entidade viva, independente de nossa percepção dele, acima das noções dualistas de bem e mal. É a outra parte de nossa psique que o ego (consciência superficial) desconhece. Ele está sempre atuando e faz com que os sonhos, em sua linguagem simbólica, sejam a representação fiel da psique - nossa razão crítica é que se afastou da linguagem dos símbolos e não mais a entende.Para Jung a vida tem sentido sim, e sua grande finalidade é a individuação: processo de profundo autoconhecimento onde tomamos a coragem de nos confrontar com velhos medos e o que desconhecemos de nós próprios. Os sonhos então revelam-se como um importante guia para esse conhecimento. Uma vez que alguém se entrega a esse caminho nada racional, sua vida parecerá ser magicamente conduzida por uma sabedoria maior que Jung denominou self (o si-mesmo), o centro de cada um de nós. Individuar-se significa fazer o ego (a consciência da superfície) ir ao encontro desse centro. Representa separar-se da massa, do turbilhão inconsciente e adquirir autonomia; representa tornar-se uma totalidade psicológica, una e centrada, sem divisões internas, autoconsciente: um in-divíduo. Este é o caminho para a personalidade total e a buscada realização pessoal. Para Jung, o futuro da humanidade dependerá diretamente da quantidade de pessoas que conseguirem se individuar.Não é difícil imaginar o quanto isso deve ter soado místico a certas mentalidades. Quer dizer então que se eu entrar nessa, meu eu superior passa a cuidar de mim? - gozam os mais céticos. Os não-céticos preferem pagar para ver.

Ovnis - Nos Céus da Alma

Jung foi ousado ao valorizar o estudo da mitologia, das religiões e também da sabedoria oriental (ela e seu modo tão anti-ocidental de pensar), mostrando-nos a ponte para ligar dois modos distintos - mas não excludentes - de interpretar a realidade.Seu conceito de sincronicidade (a coincidência entre estados psíquicos e acontecimentos físicos sem relação causal entre si) trouxe à mentalidade científica a chance de conhecer o mecanismo das grandes coincidências, dos oráculos e de eventos ditos ocultos. Sugeriu que, assim como a idéia taoísta de unicidade, nosso inconsciente forma com todos os outros um inconsciente, único e coletivo - assim, sem percebermos, estão nossos pensamentos todos interconectados. Chegou à corajosa conclusão que a humanidade guarda em seu inconsciente o registro de todas as suas vivências, mesmo as mais arcaicas - mitos e arquétipos - e assim o passado de um torna-se patrimônio de todos (viria daí, afinal, a idéia de que já fomos alguém em outra vida, presente em tantas culturas?). Mostrou que o I Ching, o milenar livro chinês das mutações, constitui a primeira tentativa documentada de relacionar o inconsciente e o Universo, e assim a mentalidade oriental deveria ser vista com menos preconceito... Jung falava de intercâmbio, não de descarte, entre distintas percepções da realidade. Mas a ciência tradicional deu risinhos. Seus estudos da alquimia mostraram que ela é precursora da nossa ciência do inconsciente. A relação mente/matéria já era conhecida dos alquimistas, que se valiam de uma linguagem simbólica para descrever processos psíquicos. Sobre isso, diz a psicóloga Nise da Silveira, uma das mais respeitadas estudiosas da obra de Jung no mundo: "A exploração em profundeza do inconsciente levou ao curioso achado de que os mais universais símbolos do self (si-mesmo) pertencem ao reino mineral. São eles a pedra e o cristal. Se o psicólogo, nas suas investigações através das camadas mais profundas da psique encontra a matéria, por sua vez o físico, nas suas pesquisas mais finas sobre a matéria, encontra a psique."As idéias de Jung influenciam até mesmo a Ufologia. Hoje pesquisadores de todo o mundo debruçam-se intrigados sobre o drama psicológico dos contatados e abduzidos (pessoas que dizem ter contatos com extraterrestres), encarando-o sob outro enfoque - o que faz a Ufologia tomar um caminho surpreendentemente novo. Já em 1958, em seu livro Um mito moderno, Jung alertava que é preciso pensar nesse discos-voadores mais abrangentemente e entender o aspecto metafórico das aparições, sejam verdadeiras ou não. É preciso entender o drama dessas pessoas à luz dos arquétipos e da mitologia - o mito da jornada do herói. Muito além da importância de tentar provar a realidade física do fenômeno, estaria a necessidade de entender que contatados e abduzidos são como heróis que a vida escolheu para viver, como pioneiros, certas experiências que conduzirão a humanidade a uma nova e mais abrangente compreensão da realidade e de si mesma.O fenômeno dos discos-voadores, mito recente de nosso século, será então uma projeção, nos céus, de um intenso anseio coletivo de salvação num momento crucial de desespero. Será a representação simbólica do mais profundo arquétipo de unificação e totalidade psíquica dos homens de todos os tempos e lugares: o círculo. Com isso Jung não pretende reduzir o fenômeno ao seu aspecto interior mas sim alertar para a relação entre o que ocorre na alma da humanidade com o que está acontecendo nos céus de nosso planeta.



Dormindo com o Inimigo

Jung deu o nome de psicologia analítica à sua psicologia. Ela difere da psicanálise em muitos pontos mas ele mesmo não descarta a importância dessa para alguns tipos específicos de terapia. A psicologia de Jung incentiva o indivíduo a descer os degraus escuros do inconsciente e, uma vez lá, reconhecer o que ele na verdade é e integrar esses conteúdos à consciência. Assim como alguém que decide fazer um curso de computação para investir em seu futuro, muitos procuram uma terapia para... autoconhecer-se, saber de suas potencialidades. Aí está um grande investimento: conhecer-se melhor.

Para viver melhor.

O processo de individuação será sempre algo difícil. Mas ele é a base da existência. Durante muito tempo nós o vivemos apenas superficialmente, mas em algum momento da existência a psique chama o ego a voltar-se para si, a conhecer-se, a vasculhar no interior as verdades até então buscadas fora. A partir daí novos horizontes se abrem para a realização pessoal. Entretanto, se o ego se recusa a tal autoconscientização, a vida tende a se encaminhar a um conflito insustentável. Poderão vir daí certas doenças, fracassos e até mesmo a morte. A psique é então uma entidade que se regula a si mesmo.Acessar o inconsciente nos faz ver que os conflitos da humanidade acontecem primeiro dentro de cada um, sutilmente, para depois se exteriorizar. Para Jung, entendermo-nos com aquilo que não conhecemos de nós mesmos é o grande passo que falta ao Homo sapiens. Só assim deixaremos de ver o inimigo no outro e o reconheceremos onde sempre esteve: dentro de nós mesmos. Esta é uma verdade simples que poucos enxergam. Haverá revolução maior?

Ricardo Kelmer

  

14 de out. de 2010

Uma Dimensão Diferente

O Amor

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:6WqdyQ0_uRbBiM:http://blog.causaoufatalidade.com/wp-content/uploads/2010/08/j_krishnamurti.jpg&t=1A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança, atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança de amar e ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.


Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor – toda a revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o prazer, amo a minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso ? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer “Amo a Deus” é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor.

Incapazes, que somos, de compreender essa coisa humana chamada amor, fugimos para as abstrações. O amor pode ser a solução final de todas as dificuldades, problemas e aflições humanas. Assim, como iremos descobrir o que é o amor? Pela simples definição? A igreja o tem definido de uma maneira, a sociedade de outra, e há também desvios e perversões de toda a espécie. A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo – será isso o que se entende por amor? Essa foi sempre a norma, o padrão, que se tornou tão pessoal, sensual, limitado, que as religiões declararam que o amor é muito mais do que isso. Naquilo que denominam “amor humano”, vêem elas que existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar de outrem e, sabendo da complexidade dessas coisas, dizem as religiões que deve haver outra espécie de amor – divino, belo, imaculado, incorruptível.
Em todo o mundo, certos homens chamados “santos” sempre sustentaram que olhar para uma mulher é pecaminoso; dizem que não podemos nos aproximar-nos de Deus se nos entregamos ao sexo e, por conseguinte, o negam, embora eles próprios se vejam devorados por ele. Mas, negando o sexo, esses homens arrancam os próprios olhos, decepam a própria língua, uma vez que estão negando toda a beleza da Terra. Deixaram famintos os seus corações e a sua mente; são entes humanos “desidratados”; baniram a beleza, porque a beleza está ligada à mulher.

Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é para um só e não para muitos? Se digo “Amo-te”, isso exclui o amor do outro? O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familial ou não familial? Se amais a humanidade, podeis amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção ? O Amor é prazer e desejo ? Todas essas perguntas indicam – não é verdade? – que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um padrão, um código criado pela cultura em que vivemos.

Assim, para examinarmos a questão do amor – o que é o amor – devemos primeiramente libertar-nos das incrustações dos séculos, lançar fora todos os ideais e ideologias sobre o que ele deve ou não deve ser. Dividir qualquer coisa em o que deveria ser e o que é, é a maneira mais ilusória de enfrentar a vida.
Ora, como iremos saber o que é essa chama que denominamos amor – não a maneira de expressá-lo a outrem, porém o que ele próprio significa? Em primeiro lugar rejeitarei tudo o que a igreja, a sociedade, meus pais e amigos, todas as pessoas e todos os livros disseram a seu respeito, porque desejo descobrir por mim mesmo o que ele é. Eis um problema imenso, que interessa a toda humanidade; há milhares de maneiras de defini-lo e eu próprio me vejo todo enredado neste ou naquele padrão, conforme a coisa que, no momento, me dá gosto ou prazer. Por conseguinte, para compreender o amor, não devo em primeiro lugar libertar-me de minhas inclinações e preconceitos? Vejo-me confuso, dilacerado pelos meus próprios desejos e, assim, digo entre mim: “Primeiro, dissipa a tua confusão. Talvez tenhas possibilidade de descobrir o que é amor através do que ele não é”.

O governo ordena: “Vai e mata, por amor à pátria!” Isso é amor? A religião preceitua: “Abandona o sexo, pelo amor de Deus”. Isso é amor? O amor é desejo? Não digas que não. Para a maioria de nós, é; desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual. Não sou contrário ao sexo, mas vede o que ele implica. O que o sexo vos dá momentaneamente é o total abandono de vós mesmos, mas, depois, voltais à vossa agitação; por conseguinte, desejais a constante repetição desse estado livre de preocupação, de problema, do “eu”. Dizeis que amais vossa esposa. Nesse amor está implicado o prazer sexual, o prazer de terdes uma pessoa em casa para cuidar dos filhos e cozinhar. Dependeis dela; ela vos deu o seu corpo, suas emoções, seus incentivos, um certo sentimento de segurança e bem-estar. Um dia, ela vos abandona; aborrece-se ou foge com outro homem, e eis destruído todo o vosso equilíbrio emocional; essa perturbação, de que não gostais, chama-se ciúme. Nele existe sofrimento, ansiedade, ódio e violência. Por conseguinte, o que realmente estais dizendo é: “Enquanto me pertences, eu te amo; mas, tão logo deixes de pertencer-me, começo a odiar-te. Enquanto posso contar contigo para a satisfação de minhas necessidades sociais e outras, amo-te, mas, tão logo deixes de atender a minhas necessidades, não gosto mais de ti”. Há, pois, antagonismo entre ambos, há separação, e quando vos sentis separados um do outro, não há amor. Mas, se puderdes viver com vossa esposa sem que o pensamento crie todos esses estados contraditórios, essas intermináveis contendas dentro de vós mesmo, talvez então – talvez – sabereis o que é o amor. Sereis então completamente livre, e ela também; ao passo que, se dela dependeis para os vossos prazeres, sois seu escravo. Portanto, quando uma pessoa ama, deve haver liberdade – a pessoa deve estar livre, não só da outra, mas também de si própria.

No estado de pertencer a outro, de ser psicologicamente nutrido por outro, de outro depender – em tudo isso existe sempre, necessariamente, a ansiedade, o medo, o ciúme, a culpa, e enquanto existe medo, não existe amor. A mente que se acha nas garras do sofrimento jamais conhecerá o amor; o sentimentalismo e a emotividade nada, absolutamente nada, têm que ver com o amor. Por conseguinte, o amor nada tem em comum com o prazer e o desejo.

O amor não é produto de pensamento, que é o passado. O pensamento não pode de modo nenhum cultivar o amor. O amor não se deixa cercar e enredar pelo ciúme; porque o ciúme vem do passado. O amor é sempre o presente ativo. Não é “amarei” ou “amei”. Se conheceis o amor, não seguireis ninguém. O amor não obedece. Quando se ama, não há respeito nem desrespeito.

Não sabeis o que significa amar realmente alguém – amar sem ódio, sem ciúme, sem raiva, sem procurar interferir no que o outro faz ou pensa, sem condenar, sem comparar – não sabeis o que isto significa? Quando há amor, há comparação? Quando amais alguém de todo o coração, com toda a vossa mente, todo o vosso corpo, todo o vosso ser, existe comparação? Quando vos abandonais completamente a esse amor, não existe “o outro”.

O amor tem responsabilidades e deveres, e emprega tais palavras? Quando fazeis alguma coisa por dever, há nisso amor? No dever não há amor. A estrutura do dever, na qual o ente humano se vê aprisionado, o está destruindo. Enquanto sois obrigado a fazer uma coisa, porque é vosso dever fazê-la, não amais a coisa que estais fazendo. Quando há amor, não há dever nem responsabilidade.

A maioria dos pais, infelizmente, pensa que são responsáveis por seus filhos, e seu senso de responsabilidade toma a forma de preceituar-lhes o que devem fazer e o que não devem fazer, o que devem ser e o que não devem ser. Querem que os filhos conquistem uma posição segura na sociedade. Aquilo a que chamam de responsabilidade faz parte daquela respeitabilidade que eles cultivam; e a mim me parece que, onde há respeitabilidade, não existe ordem; só lhes interessa o tornar-se um perfeito burguês. Preparando os filhos para se adaptarem à sociedade, estão perpetuando a guerra, o conflito e a brutalidade. Pode-se chamar a isso zelo e amor?

Zelar, com efeito, é cuidar como se cuida de uma árvore ou de uma planta, regando-a, estudando as suas necessidades, escolhendo o solo mais adequado, tratá-la com carinho e ternura; mas, quando preparais os vossos filhos para se adaptarem à sociedade, os estais preparando para serem mortos. Se amásseis vossos filhos, não haveria guerras.

Quando perdeis alguém que amais, verteis lágrimas; essas lágrimas são por vós mesmo ou pelo morto? Estais pranteando a vós mesmo ou ao outro? Já chorastes por outrem? Já chorastes o vosso filho, morto no campo de batalha? Chorastes, decerto, mas essas lágrimas foram produto de autocompaixão ou chorastes porque um ente humano foi morto? Se chorais por autocompaixão, vossas lágrimas nada significam, porque estais interessado em vós mesmo. Se chorais porque vos foi arrebatada uma pessoa em quem “depositastes” muita afeição, não se trata de afeição real. Se chorais a morte de vosso irmão, chorai por ele! É muito fácil chorardes por vós mesmo porque ele partiu. Aparentemente, chorais porque vosso coração foi atingido, mas não foi atingido por causa dele; foi atingido pela autocompaixão, e a autocompaixão vos endurece, vos fecha, vos torna embotado e estúpido.

Quando chorais por vós mesmo, será isso amor? – chorar porque ficaste sozinho, porque perdestes o vosso poder; queixar-vos de vossa triste sina, de vosso ambiente – sempre vós a verter lágrimas. Se compreenderdes esse fato, e isso significa pôr-vos em contato com ele tão diretamente como quando tocais uma árvore ou uma coluna ou uma mão, vereis então que o sofrimento é produto do “eu”, o sofrimento é criado pelo pensamento, o sofrimento é produto do tempo. Há três anos eu tinha meu irmão; hoje ele é morto e estou sozinho, desolado, não tenho mais a quem recorrer para ter conforto ou companhia, e isso me traz lágrimas aos olhos.

Podeis ver tudo isso acontecer dentro de vós mesmo, se o observardes. Podeis vê-lo de maneira plena, completa, num relance, sem precisardes do tempo analítico. Podeis ver num momento toda a estrutura e natureza dessa coisa desvaliosa e insignificante, chamada “eu” – minhas lágrimas, minha família, minha nação, minha crença, minha religião – toda essa fealdade está em vós. Quando a virdes com vosso coração, e não com vossa mente, quando a virdes do fundo de vosso coração, tereis então a chave que acabará com o sofrimento.

O sofrimento e o amor não podem coexistir, mas no mundo cristão idealizaram o sofrimento, crucificaram-no para o adorar, dando a entender que ninguém pode escapar ao sofrimento a não ser por aquela única porta; tal é a estrutura de uma sociedade religiosa, exploradora.
Assim, ao perguntardes o que é o amor, podeis ter muito medo de ver a resposta. Ela pode significar uma completa reviravolta; poderá dissolver a família; podeis descobrir que não amais vossa esposa ou marido ou filhos (vós os amais?); podeis ter de demolir a casa que construístes; podeis nunca mais voltar ao templo.
Mas, se desejais continuar a descobrir, vereis que o medo não é amor, a dependência não é amor, o ciúme não é amor, a posse e o domínio não são amor, responsabilidade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, a agonia de não ser amado não é amor, que o amor não é o oposto do ódio, como a humildade não é o oposto da vaidade. Dessarte, se fordes capaz de eliminar tudo isso, não à força, porém lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha, então, talvez, encontrareis aquela flor peregrina que o homem sempre buscou sequiosamente.

Se não tendes amor – não em pequenas gotas, mas em abundância; se não estais transbordando de amor, o mundo irá ao desastre. Intelectualmente, sabeis que a unidade humana é a coisa essencial e que o amor constitui o único caminho para ela, mas quem pode ensinar-vos a amar? Poderá uma autoridade, um método, um sistema ensinar-vos a amar? Se alguém vo-lo ensina, isso não é amor. Podeis dizer: “Eu me exercitarei para o amor. Sentar-me-ei todos os dias para refletir sobre ele. Exercitar-me-ei para ser bondoso, delicado e me forçarei a ser atencioso com os outros”? – Achais que podeis disciplinar-vos para amar, que podeis exercer a vontade para amar? Quando exerceis a vontade e a disciplina para amar, o amor vos foge pela janela. Pela prática de um certo método ou sistema de amar, podeis tornar-vos muito hábil, ou mais bondoso, ou entrar num estado de não-violência, mas nada disso tem algo em comum com o amor.

Neste mundo tão dividido e árido não há amor, porque o prazer e o desejo têm a máxima importância, e, todavia, sem amor, vossa vida diária é sem significação. Também, não podeis ter o amor se não tendes a beleza. A beleza não é uma certa coisa que vedes – não é uma bela árvore, um belo quadro, um belo edifício ou uma bela mulher; só há beleza quando o vosso coração e a vossa mente sabem o que é o amor. Sem o amor e aquele percebimento da beleza, não há virtude, e sabeis muito bem que tudo o que fizerdes – melhorar a sociedade, alimentar os pobres – só criará mais malefício, porque quando não há amor, só há fealdade e pobreza em vosso coração e vossa mente. Mas, quando há amor e beleza, sabeis amar, podeis fazer o que desejardes, porque o amor resolverá todos os outros problemas.

Alcançamos, assim, este ponto: Poderá a mente encontrar o amor sem precisar de disciplina, de pensamento, de coerção, de nenhum livro, instrutor ou guia – encontrá-lo assim como se encontra um belo pôr-de-sol?
Uma coisa me parece absolutamente necessária; a paixão sem motivo, a paixão não resultante de compromisso ou ajustamento, a paixão que não é lascívia. O homem que não sabe o que é paixão, jamais conhecerá o amor, porque o amor só pode existir quando a pessoa se desprende totalmente de si própria.
A mente que busca não é uma mente apaixonada, e não buscar o amor é a única maneira de encontrá-lo; encontrá-lo inesperadamente e não como resultado de qualquer esforço ou experiência. Esse amor, como vereis, não é do tempo; ele é tanto pessoal, como impessoal, tanto um só como multidão. Como uma flor perfumosa, podeis aspirar-lhe o perfume, ou passar por ele sem o notardes. Aquela flor é para todos e para aquele que se curva para aspirá-la profundamente e olhá-la com deleite. Quer estejamos muito perto, no jardim, quer muito longe, isso é indiferente à flor, porque ela está cheia de seu perfume e pronta para reparti-lo com todos.

O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece o oposto, não conhece conflito.

Podeis perguntar: “Se encontro esse amor, que será de minha mulher, de minha família? Eles precisam de segurança”. Fazendo essa pergunta, mostrais que nunca estivestes fora do campo do pensamento, fora do campo da consciência. Quando tiverdes alguma vez estado fora desse campo, nunca fareis uma tal pergunta, porque sabereis o que é o amor em que não há pensamento e, por conseguinte, não há tempo. Podeis ler tudo isto hipnotizado e encantado, mas ultrapassar realmente o pensamento e o tempo – o que significa transcender o sofrimento – é estar cônscio de uma dimensão diferente, chamada “amor”.

Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa – e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa? Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe nenhum centro. Há, então, o amor.

 

5 de out. de 2010

Encruzilhada do Momento Atual

TEXTO PARA REFLEXÃO a respeito do post anterior...
 "Contração & Expansão do Movimento Universal e Sua Aplicação Psicológica na Reflexão da Consciência Humana sobre Si Mesma"



ENCRUZILHADA DO MOMENTO ACTUAL:
EL RIKE OU HERR HITLER?

Texto de Vitor Manuel Adrião

 Em Maio de 2005 passam 60 anos sobre a queda do regime nazi. Em homenagem a todas as vítimas desse momento tenebroso do século XX - sempre teimando na tentativa aqui e acolá de repetir-se - dedico este estudo que vai bem com o momento actual.

 * * *

Faz um ano exacto que estava eu desfolhando um livro na Avenida Angélica, em S. Paulo, Brasil, e o conteúdo do mesmo, assaz perturbador e actual, impeliu-me a escrever então (2004) este texto que me parece ir bem com o momento actual por que passa a Humanidade em plena encruzilhada de sua existência, tendo dois caminhos ante si: o da Evolução e o da Involução.
 Como não acredito no retrocesso do Género Humano à animalidade pura e simples, logo não perfilho, como Teúrgico que sou, dos ideais sinistros das Forças da Involução, bem preferindo o esclarecimento e a concórdia a quaisquer tipos de conflitos e derramamentos de sangue, desde já dou por ponto assente a minha posição de Sinarquista e Teósofo, consequentemente Teúrgico. Muito mais porque sei de perto o quanto a presença do Mal pode influenciar as mentes e os corações com os argumentos mais argutos em que a Verdade se parece mas... não é. Já agora, o livro era o seguinte: Sol Negro (Cultos Arianos, Nazismo Esotérico e Políticas de Identidade), por Nicholas Goodrick-Clarke.

Como a Editora que lançou esse livro colocou, a meu conselho, o aviso inicial ao leitor da mesma se distanciar de "quaisquer práticas racistas e movimentos de segregação", e como o autor é um escritor britânico que investigou esse campo mas isentando-se dos ideais do mesmo, são razões exclusivas para dar aqui o título da obra. Em contrário, nunca o faria.
 Assim como há uma Grande Loja Branca igualmente há uma Grande Loja Negra, ambas com ramificações estendendo-se a todo o planeta, aquela inspirando um Ocultismo Branco e esta inspirando um Ocultismo Negro. Ambas acreditando nos mesmos princípios mas... de formas diferentes, e logo lhes dando sentidos opostos. Também ambas têm uma influência tremenda sobre a Humanidade, como se a dividissem em duas partes iguais nesta Hora Intercíclica. Qual delas vencerá, eis a questão!

De há muito conheço as políticas segregacionistas de identidade, sob o axioma "o meu país é o melhor, em todos os sentidos, e não precisa de ninguém, antes todos precisam dele para que os governe". Isto vale por imposição xenófoba e isolacionista do patrioteiro ultramontano "orgulhosamente sós", de que Portugal ainda arrasta as consequências de quase meio século de absolutismo dentro de si e isolacionismo fora de si. Isto foi uma "auto-suficiência" ultra-provinciana que fez o País regredir socialmente, apesar de sonhar-se superior aos demais, por vezes usando, para justificar os actos políticos, de certa mística dum Sebastianismo "Vermelho" ou reaccionário, que nada tem a ver com Sebastianismo "Branco" ou Iniciático, este mesmo de Vieira ou de Pessoa, tão mal lidos e pior interpretados hoje em dia em certos sectores da sociedade.
 Pois sim, graças a Deus que as gerações mais jovens de hoje desconhecem o que foi viver em tal período em que até ser apanhado a ler um simples livro teosófico valia um "sarilho dos diabos" com as autoridades policiais. Mas a liberdade de expressão? Não havia. E a igualdade de direitos? Impensável. E a fraternidade religiosa? Só a única e exclusiva católica apostólica romana. Tudo o mais, segregado, reprimido, segregado... Enfim, graças a Deus que as gerações novas, mais evoluídas social e economicamente, nas cujas a muitos seria impensável alguma vez faltar o pão na mesa ou não receber a mesada mensal, dizia, graças a Deus que não conheceram esses tempos difíceis até para um simples teósofo que, após denunciado, teria o destino certo das prisões políticas de Caxias, de Peniche ou do Tarrafal, como aconteceu com vários dos primeiros discípulos coevos do Professor Henrique José de Souza em Portugal. E os que não prenderam, foi porque conseguiram fugir para o desterro de longos anos longe da Pátria amada... E são esses jovens de classe média, nada sabendo da vida real senão teorias e preconceitos próprios de quem nunca sofreu privações, os frutos apetecidos pelas forças sinistras que lhes invadem a alma e corrompem os sentidos.

Assim os vejo nos desvairos que vez por outra ainda praticam em Sintra. Desconhecem a incoerência de práticas "ocultistas" (?!) fora da ORDEM DO SANTO GRAAL a ver com SINTRA e esta com aquela, o dessas práticas não terem sentido algum senão aquele que atribuímos no escrínio de nosso Colégio Iniciático e cujo sentido esotérico, tanto da Montanha como da Ordem, demos ao grande público, pela primeira vez em Portugal, através da comunicação social, com maior impacto a partir dos idos de 1985-86. Depois vieram os naturais copistas e imitadores, sem a mínima noção do real da "coisa em si", caindo-se no delírio e na fantasia pura e simples!...
 Antanho, em minha infância, brincava com os meninos da minha rua aos "cowboys"; hoje, vejo os meninos sem casa nem rua brincarem aos magos e ocultistas... impelidos por adultos bem sinistros. Também os vejo nos partidos políticos, extremistas e segregacionistas, indo atrás de líderes os mais radicais possíveis apregoando os slogans satânicos do "dividir para reinar" e "não importam os meios desde que se alcancem os fins".

Nada disso é Espiritualidade, nada disso é Verdade, nada disso é EL RIKE! Mas tudo isso é... HERR HITLER!

Vez por outra e em conformidade ao acúmulo de Karma Grupal (ou seja a Lei de Acção e Reacção, ou Causa e Efeito da Colectividade), manifesta-se na face da Terra um conjunto ou "enxame" de Mónadas destinadas a consumarem esse mesmo Karma da forma mais dolorosa. Tratam-se de almas no limiar da perdição absoluta dotadas de grande poder e carisma mas destituídas de algum amor e piedade ao seu próximo, à Humanidade. Em pouco tempo tornam-se tulkus ou expressões imediatas dos tenebrosos Nirmanakayas Negros, e à sua volta reúnem vasta pleiade de intelectuais cuja característica maior é a sua larga dialéctica e retórica... fria e impiedosa. São a guarda-avançada das Forças do Mal sobre a Terra. O penúltimo "enxame" Moná- dico desse género que a Terra testemunhou e sofreu, teve à dianteira Adolf Hitler, Joseph Estaline, Mussolini, Franco e Salazar, etc. Hoje, no término do Interregno Cíclico, temos novo enxame de fúrias opressoras e segregacionistas estrategicamente colocadas à frente dos principais países do Mundo. A sua missão é levar ao esgotamento definitivo do Karma Planetário e, acredito, com esse esgotamento irá desaparecer para sempre da face da Terra a presença das Forças do Mal. Portanto e como dizia Jesus, "o escândalo é preciso mas... ai por quem ele vier". Quero com isto dizer que nenhum dos actuais líderes mundiais favoráveis à divisão e opressão do Género Humano, irá terminar bem... o Futuro imediato provará as minhas palavras.

Na "Política de Identidade", Portugal e o Brasil inserem-se num Plano Sinárquico estabelecido pela Grande Fraternidade Branca em conformidade ao Desígnio do Logos Planetário para esse Novo Ciclo de Evolução, ou por outras palavras, NOVUS PHALUX ou NOVO PRAMANTHA A LUZIR. Esse mesmo Projecto Sinárquico, que já em seu tempo a Ordem dos Templários executou, apesar do fracasso final, não visa a dissolução das fronteiras geopolíticas, o que é impossível a curto e médio prazo pelos factores da língua e cultura que caracterizam cada povo, mas antes a união, a CONCÓRDIA UNIVERSAL DOS POVOS. Isto é SINARQUIA. O seu lema: "Unir para Reinar"!
Portanto, mesmo que Portugal - Brasil ocupem a cumeeira dos interesses imediatos da Grande Fraternidade Branca por estarem conformados ao actual estágio evolutivo por que passa o Género Humano (Portugal para o 5.º Estado de Consciência, o Mental Superior, e o Brasil para o Oitavo, Vibhuti ou o despertar da Consciência Divina), igualmente todos os países do Mundo, todos os povos, são do interesse supremo dos Irmãos Maiores da Humanidade que a protegem e dirigem, contrariando sempre os projectos das forças sinistras apostadas na sua exterminação, não sem antes a reduzir à escravidão nabalesca.
 Exemplo flagrante disso está naquelas palavras escritas em 1987 pelo ultra-racista e nazista, porque adepto do ideal hitleriano, Ben Klassen (1919-93), ucraniano naturalizado      norte-americano, fundador de um movimento de segregação racial nesse país: "Neste mundo único (...) nós nos preparamos para a guerra total contra os judeus e o resto das malditas raças de lama no mundo - política, militar, financeira, moral e religiosamente... Consideramos isso uma guerra santa até ao fim - uma guerra santa racial. É INEVITÁVEL. É a Solução Final e Única. Agora, somos nós ou eles. Este planeta é, de hoje em diante, todo nosso e será o único habitat de nossa futura progénie para todo o sempre".

Quão longe e opostas são essas palavras, inspiradas no Mein Kampf de Hitler, daquelas outras da sublime Helena Petrovna Blavatsky e que constituem o primeiro objectivo da Sociedade Teosófica: "Formar um núcleo de Fraternidade Universal na Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor".
As quais palavras viriam a estar presentes no Programa Sinárquico da COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA. A mais valia da Política, para os Teúrgicos, tal como a mais valia da Religião para os mesmos, estão no sentido de trabalharem por uma Nova Renascença Sinárquica ou de Concórdia Universal dos Povos, tal como pela Religião Universal, a Religião-Sabedoria, a mesma TEOSOFIA, cuja prática sempre foi e é TEURGIA, e se o lema desta é "QUERER, SABER, OUSAR, CALAR", também poderia ser aquele do Iniciados de Benares, Índia: "Satya Nasti Paro Dharma", ou seja: NÃO HÁ RELIGIÃO SUPERIOR À VERDADE!

Por seu turno, o Professor Henrique José de Souza proclamou:
 "RECONSTRUIR! É o brado que nos compete!
 "Sim, reconstruir o Homem, o lar, a escola, o carácter, para que o cérebro se transmude ao lado do coração. No mais, um só idioma, um só padrão monetário e uma só Verdade, que é a Teosofia, como Sabedoria Iniciática das Idades. Só assim, a Humanidade se tornará digna do Estado de Consciência que é exigido pela Nova Civilização."

Em oposição a JHS levantou-se a tríade "Flagelo de Deus" como reencarnações de outros e antigos flageladores da Humanidade, irmãos infiéis da Lei Suprema que a tudo e a todos rege: Hitler (Átila), Mussolini (Tamerlão), Estaline (Gengis Khan). Com os seus sistemas totalitários de governo, eles dividiram o Mundo em socialismo e capitalismo e desencadearam a Segunda Guerra Mundial, como prolongamento da Primeira. Esses três "Flagelos de Deus", segundo o Professor Henrique J. Souza, usaram e abusaram do direito de destruição do Ciclo a favor do que agora urge, como aconteceu com Átila, Tamerlão e Genghis Khan. Hitler perdeu a guerra na Rússia, quando da 4.ª Cidade Aghartina subiram 777 Seres com a missão de pôr fim a uma guerra que já extravasava  largamente os limites impostos pela Lei Kármica.
Sobre o assunto proferiu o Eng.º António Castaño Ferreira, em 1-0-1948:

"Há 3 Egrégoras que têm papel cíclico de destruição, ligadas a manifestações do 4.º Logos (Planetário) em etapas da História em que a Lei exige destruições. São mantidas em certas regiões, para esses ciclos. Tamerlão, Átila e Gengis Khan são manifestações dessas Egrégoras que tomaram forma humana. Os três foram profundamente cultos. Essas manifestações somente agem dentro da Lei do Equilíbrio Universal, pois à menor acção corresponde sempre uma reacção. A última manifestação de Tamerlão foi Mussolini, de Átila foi Hitler, e de Gengis Khan foi Estaline. Os três deveriam implantar regimes diferentes e se manterem unidos e harmónicos para em 1956 (data do Julgamento Cíclico da Humanidade) combaterem, unidos, o Mundo inteiro (dando consumação ao Karma Planetário, e logo depois serem resgatados ou retirados do palco terreno pelas Forças Serapicas de Agharta). As forças da Magia Negra, porém, que sempre interferem, arrastaram Mussolini e Hitler. Mussolini tinha um sósia que o substituía sempre: era um Adepto Negro. Somente Edda Mussolini sabia disso. Na Baviera, adormecido num caixão, um ser pavoroso: era o 4.º Nirmanakaya Negro que governava Hitler. Estaline tinha um sósia: um médico tibetano. Foi este que conseguiu fazer com que ele se mantivesse no caminho (isto é, não continuasse o projecto de Hitler de conquistar o Mundo). Mussolini fez um avatara em Molotov, e não se admirem se Hitler (antes, o seu Nirmanakaya Negro) também estiver na Rússia!... O que está no Plano da Lei é realizado. As três Egrégoras são Látegos da Lei. Virão como cumprimento da Lei. Ódios, paixões, ambições dão vida à Egrégora do Mal. O Adepto (da Boa Lei) não cria nem Bem nem Mal: é cumpridor da Lei transcendente, acima do transitório. A Egrégora da Obra está em Shamballah."

Falando sobre os três irmãos malditos e amaldiçoados, afirmou o Venerável Mestre JHS: "Todos os três caíram, mas outros se levantarão em pedaços. Uma Obra restará no Mundo: a nossa." É o que acontece hoje: os "pedaços corruptos" levando à solução final do esgotamento kármico planetário e a consequente instauração do Reinado do Espírito Santo sobre a Terra, e isto com a vinda para o Ocidente, em 1963, como antecipadamente anunciara o mesmo JHS, das três "Bençãos de Deus": Akdorge - Akadir - Kadir, os Três Reis do Oriente finalmente entronizados no Ocidente.

"... E os Três Cavaleiros, montados nos seus lindos cavalos alados, um branco, o de Akdorge, um castanho, o de Akadir, e outro negro, o de Kadir, eles contemplarão as angústias do Mundo, como o Quinto (Luzeiro) contemplou, vendo os destroços de uma Civilização que deveria ser a sua... e em má hora sonegou." (JHS)
 Temos aí os Três Cavaleiros Alados (porque etéreos, como expressões de ainda mais altas Potências) representantes das três grandes naturezas objectivadas, as três últimas Raças-Mães. O cavalo negro representa a Raça Lemuriana, o castanho a Raça Atlante (castanho aproxima-se do marrom avermelhado, e "vermelhos" eram os Atlantes), e o branco a Raça Ariana (composta de 7 Sub-Raças, onde se inclui a SEMITA, que assim é também Ariana ou "Pura", na má tradução nazista, sim, porque Ariano significa "Filho de Aries ou Marte", o Sol da Terra, logo, toda a Raça Humana actual é Ariana e não só um tipo eslavo específico, como pretenderam os hediondos idealistas do Reich do Mal).
 "Mas... aí estão os Três Reis Magos do Oriente, em busca do Ocidente, para renovar as consciências e firmar os alicerces da Nova Era. E então, novamente se diz, embora que em sentido mais amplo: - Em verdade, em verdade vos digo que amanhã (um futuro próximo) estaremos todos juntos ao redor do Trono Celeste. Este Trono não é senão o do Avatara, o do Redentor do Mundo no presente Ciclo. Até lá, muitas coisas terão acontecido. Os homens enlouquecerão e morrerão, agarrados às suas religiões, aos seus credos políticos, à sua ciência materialista, aos seus próprios destinos kármicos..." (JHS)

Esses "Três Reis solicitadores do Ciclo" vieram accionar o Karma Planetário pela afirmação da Lei justa e Perfeita, Dharma, a fim de efectivar a limpeza do Ciclo para a implantação final da Sinarquia Universal, pois que todos os sistemas de governação, como todos vêem, mostram-se completamente falidos... ante o problema magno da Felicidade Humana. A limpeza ou purificação kármica vem sendo realizada através da guerra, da fome, da miséria, da doença e até da Natureza revoltada. Se o Homem não quis evoluir pelo Amor, resta-lhe evoluir pela Dor!... Os "Reis solicitadores do Ciclo" projectam a sua influência em vários seres na face da Terra: religiosos, políticos, militares, autoridades em geral e qualquer outro ser que a Lei exija. Este se incumbem de realizar a necessária depuração kármica dos seus respectivos povos, afectando os vizinhos, mas sendo, muitas vezes, quando abusam dos poderes que lhes foram confiados, eles mesmos aniquilados. Previne JHS: "Não esquecer que a Lei, na sua originalidade, é uma, mas os homens a podem fazer outra".

"Porta aberta aos Três Reis pelo Arcano Dezasseis", canta a estrofe da Exaltação ao Graal. O Arcano 16 é a "Rebeldia Celeste" que desfecha na "Ruína do Trono", neste caso, o trono de todos os dirigentes humanos, de todos os sistemas político-religiosos vigentes. Os Três Reis vieram devido à Ira de Deus, por imperar entre os homens Adharma, a Lei injusta e imperfeita. Nesse Arcano Aghartino, um Deva gesticula com uma espada e faz apagar todo o quadro à sua frente. É a ideia do Destruens et Construens, a preparação do terreno social para a Nova Semeadura, a Nova Era, a Nova Jerusalém...
 Dessa maneira encontra-se a dicotomia EL RIKE - HERR HITLER nas Tríades Luminosa e Sombria primordiais ante os destinos imediatos da Humanidade, em plena encruzilhada do  Passado - Futuro na Hora Presente:
Como se não bastasse, a dita "Arianosofia" integrada ao Ocultismo Negro foi toda ela copiada e logo pervertida dos maiores paradigmas do Pensamento Tradicional dos séculos XIX-XX, que ficaram com os seus nomes injustamente associados aos horrores num Reich ou Reino de Trevas. Refiro-me a Helena P. Blavatsky, Richard Wagner, Rudolf Steiner, René Guénon e outros nomes mais usurpados e vilipendiados pela vilania das Forças da Trevas.

O Ocultismo Negro postula exactamente o mesmo que o Ocultismo Branco. Só os motivos e as direcções é que são opostos... Por exemplo, enquanto nós afirmamos a existência dum Reino Interno sob a Terra, eles acreditam no mesmo Reino Interno (sob os nomes, usurpados aos Eddas nórdicos, de Valhala - SHAMBALLAH - e Asgardi - AGHARTA) mas sobre a Terra, o mesmo que os nazis procurar adentrar em vários pontos do Globo (Antárctida, Tibete, Montségur, etc.), inclusive em Portugal, tentando arrombar debalde, à força de trotil, uma pretensa "porta jina" nas cercanias da cidade de Tomar, antiga Sede-Mater da Ordem dos Templários ibéricos.

Isso leva-me a afirmar, com conhecimento directo de causa, que a Fraternidade Negra conhece e muito bem as entradas para os Mundos Jinas. Só não sabe como franqueá-las... e não sabendo usa de mil e um artifícios sempre redundando em tragédias de que a História é farta. Adentrar os Mundos Jinas não é tão fácil como andar de "metrô". Exige muito mais... responsabilidade, conscientização, pureza de actos, emoções e pensamentos de maneira a ser novamente "criança", saber calar contra tudo e todos, mesmo que sofra os maiores e mais injustos vilipêndios e até, acaso, lhe possa custar a vida. Quantos há assim? Raríssimos. E fantasistas mais ou menos carismáticos? Campeiam. Serei eu também um "Guru" ou "Adepto Jina"? Farei parte do rol desses últimos? A resposta é simples e directa: não tenho tempo nem saúde para brincadeiras tipo "new age". Faço o que tenho a fazer em prol da Obra do Eterno na Face da Terra, e é quanto me basta nesta vida. Ponto assente.

Os esoteristas negros, antes, satânicos hitlerianos, até uma Ordem Negra fundaram, decalcando o seu "corpus" da antiga Instituição Teutónica de Santa Maria dos Alemães, mas aqui, invés de venerarem à Mãe Divina, prestavam culto ao Chefe máximo da Loja Negra: Baal-Babu.
 Antes de dizer alguma coisa mais, devo esclarecer como se ordenam e manifestam hierarquicamente as Linhas Branca e Negra, neste momento crítico por que atravessa o Género Humano e as novéis gerações entendam que a feitura do seu destino, bom ou mau, depende inteiramente delas mesmas.
 A Linha Branca constitui-se de 7 Nirmanakayas Brancos principais, Choans, cujo Chefe máximo é BAAL-BEY, e cada um deles com 7 Discípulos principais, os Asekas, por sua vez cada um destes com 12 Sub-Aspectos ou Arhats, os quais se manifestam por multivariadas formas humanas e sociais a favor da Evolução verdadeira dos Povos, logo, impondo a Sinarquia à Anarquia.
 A Linha Negra dispõe-se de 7 Nirmanakayas Negros principais, Adeptos das Trevas, cujo Chefe máximo é BAAL-BABU, cada um com 7 Discípulos sinistros, os Rakshasas ou verdadeiros Magos Negros, e cada um destes com 12 Sub-Aspectos ou Dad-Dugpas, como feiticeiros e animistas, os quais se manifestam por multivariadas formas humanas e sociais, todas elas inversas da Evolução verdadeira, logo, a favor da Anarquia contra a Sinarquia.
Devo dizer alguma coisa sobre a questão controversa e melindrosa Ordem Teutónica - Herr Hitler - III Reich. Começo por citar um trecho, que a muitos passou desapercebido, do livro Hitler m'a dit ("Hitler ditou-me"), e que na edição portuguesa se encontra na página 232, capítulo XXXVI, intitulado "Magia Negra e Magia Branca":
 "Um dia em que o Führer estava bem disposto, certa senhora espiritualista (e não espirituosa, da má tradução que se fez para o português, o que não seria possível... diante dos seus próprios conselhos) das suas relações, arriscou-se a dar-lhe um conselho: - Meu Führer, não se entregue à Magia Negra. Hoje ainda pode escolher entre a Magia Branca e a Magia Negra. Mas se acaso o Führer se decidir pela Magia Negra, nunca mais sairá do seu destino. Não escolha a perigosa via do sucesso rápido e fácil. Ainda pode seguir o caminho que leva ao império dos espíritos puros. Não se deixe desviar desse bom caminho por criaturas do lodo, que lhe roubam a força criadora."

Tal senhora (desconfio que tenha sido a viúva do compositor Wagner...), procurando a sua amizade, insinuando-se quanto lhe foi possível até chegar ao precioso momento de dizer ao Führer semelhantes palavras, verdadeiros conselhos de um Adepto Real (se é que ela aí estava, por sua vez, a conselho de algum... de quem era, talvez, discípula), nada adiantou. Responde, com a maior clareza, o próprio símbolo já por ele adoptado, antes, roubado e pervertido de sua posição original, tal qual se faz nas missas negras que são perversões ou inversões das missas brancas, desde as palavras às posturas e aos símbolos: a Sovástica (ou Sowástika, em pali), e não a Suástica (ou Swástika, em pali), esta a Cruz Solar de RAM simbólica do Fogo Celeste, FOHAT, e da Evolução. A outra como símbolo nefasto do Fogo Terrestre ou KUNDALINI desperto precoce e caoticamente, logo signo de Involução, como desde sempre afirmaram Jainos e Budistas no Oriente e Teúrgicos e Teósofos no Ocidente, a par de Rosacruzes e Maçons esclarecidos. Não sei mesmo porque razão muitas pessoas ilustradas, a própria imprensa, continuam teimando em não distinguir uma cruz da outra, isto é, a Swástika da Sowástika. Sirva isto, ao menos, de um protesto em nome da Razão, ou da Cultura, se se o quiser, a quem faz jus a tão privilegiado Povo como é o Luso-Brasileiro.
Bem razão tinha Helena Petrovna Blavatsky em afirmar que, "entre a mão direita e a esquerda existe um ténue fio de teia de aranha". Sim, entre uma e outra Magias...
 De certo modo, pode agora compreender-se o motivo pelo qual... os privilégios se passaram, bruscamente, de um País para outro, em relação ao Movimento Espiritual que se processa no Extremo Ocidente da Europa, Portugal, e no Extremo Ocidente do Mundo, o Brasil.

Além disso, não era com aleijões e neuropatas de toda a espécie, prejudicados pela guerra, com famintos e pobres seres esqueléticos, que perambulavam pelas ruas das cidades devastadas pelos combates, a começar pela Alemanha, que se "poderia firmar uma nova raça, fosse em que parte fosse da Terra". Fala bem alto a nova decisão desesperada do Reich, já com a chancelaria de Berlim cercada pelas forças aliadas, em relação às mulheres alemãs, mesmo que casadas, "de se entregarem aos soldados" (isto é, aos "degenerados da mesma guerra"), para que tal "nova raça" não viesse a desaparecer. Mas, respeitável leitor, de que valem os filhos, os rebentos, os produtos... de semelhante união ilícita e mais que imoral? Respondam os simpáticos à guerra e suas consequências funestas, seja ela de que tempo for...
 Algo que vem confirmar o que disse anteriormente, é a seguinte passagem do mesmo livro citado, encontrada no capítulo "A criação do super-homem", página 225 e seguinte:
 " - O homem novo vive a nosso lado. Está ali! - exclamou Hitler triunfalmente - Não lhe bastou isso? Vou dizer-lhe um segredo. Vi o homem novo. É intrépido e cruel. Senti medo diante dele.
 "Ao pronunciar estas palavras singulares, Hitler vibrava e tremia de êxtase ardente (todo o mago negro, sabe-se, é um epiléptico... e de epilepsia, juntamente com a "doença de Parkinson", Hitler sofria). Recordei-me de uma passagem do nosso poeta alemão Stefan George - A visão de Maximin. Acaso Hitler teria tido também a sua visão?..."

 Razão porque muito antes da II Guerra Mundial (1939-1945) lhe dedicou um templo, em Berchesgaden, onde procurava, além do mais, ouvir os seus conselhos, nesse castelo possuidor de tal templo improvisado (com todas as regras da Baixa Magia). Em plena Guerra, quantas vezes partiu de repente para só voltar um ou dois dias depois? Ia ouvir o seu amo ou senhor... um títere, um boneco maquinado, uma espécie de Frankenstein, por sua vez criado por um Nirmanakaya Negro: Baal-Babu, o 4.º sendo o 1.º por ter a ver com a chefia de todo o Mal nesta 4.ª Ronda Terrestre, fruto maldito das almas perdidas da 4.ª Raça-Raiz Atlante.

Quem apoiava externamente as avatarizações sinistras de Baal-Babu a Hitler? O próprio "grão-sacerdote" Dietrich Eckhart, iniciador externo do Führer como o decano principal do Ocultismo Negro do Reich ou "Império" das Trevas, em plena zona gástrica do corpo da Europa, a Alemanha. Curioso e significativo, do ponto de vista oculto, as avatarizações sinistras darem-se pelo plexo solar, na região gástrica do corpo humano, como acontece com qualquer tipo de "incorporação" mediúnica... uma e outra inteiramente desfavoráveis à evolução verdadeira do Ser e da Raça.
 Hitler é, pois, a síntese perfeita do fim de um ciclo racial... como Átila também o foi. Ele mesmo, o tal super-homem - como eunuco da Guerra anterior (1914-1918), assinalado pelos estilhaços de uma granada... e por isso carecia insaciável da presença próxima do sexo feminino, cujo olhar mas não contacto físico o alimentava vitalmente, "mau olhado" esse que levou quase todas as "mulheres de Hitler" ao suicídio, com destaque para Eva Braun, que como falsa Eva  incorporou a antítese completa da verdadeira Eva, ADAMITA como "Primeira Mãe" do Género Humano - de suas visões macabras, é formado com os pedaços desses pobres aleijões da Guerra que provocou e dos milhões de vítimas que a mesma espalhou pela maior parte do Globo. Por isso mesmo, forma caótica do Espiritual que já então se desenvolvia ou processava em plagas            Luso-Brasileiras, mesmo que secretamente nesses "Formigueiros de Adeptos" que constituem a MAÇONARIA UNIVERSAL CONSTRUTIVA DOS TRÊS MUNDOS, ou seja a dos TRAIXUS-MARUTAS, a verdadeira por ser a original de AGHARTA. Mas não podia deixar de ser assim, pois onde está a Luz, está a Sombra, onde se encontra o Bem, manifesta-se o Mal, a Mentira, para a Verdade... e assim por diante, na dicotomia das coisas irreais e reais, como decerto é fácil observar por qualquer um.

Esse Super-Homem ou Homem Perfeito como Adepto Verdadeiro todo ele composto, matematicamente perfeito, divino, "Vida-Consciência" (em hindustânico, Jivatma ou Jivimukta),  assim o configura Fernando Pessoa, em palavras completamente opostas às de Hitler, em seu Ultimatum pelo heterónimo Álvaro de Campos (in Portugal Futurista, Lisboa, 1917):
Proclamo a vida de uma Humanidade matemática e perfeita!
O Super-Homem será, não o mais forte, mas o mais completo.
O Super-Homem será, não o mais duro, mas o mais complexo.
O Super-Homem será, não o mais livre, mas o mais harmónico.

Proclamo isto bem alto e bem no auge, na barra do Tejo, de costas para a Europa, braços erguidos, fitando o Atlântico e saudando abstractamente o Infinito!
 A saga dessa triste herança hitleriana deixada há mais de meio século arrasta-se até hoje, pois bem se vê actualmente não faltarem por todo o Globo prosélitos ou simpatizantes de tais ideias completamente avessas ao Progresso verdadeiro do Género Humano, além do mais, por o número de ignorantes no Mundo ser bem maior do que o dos verdadeiros sábios... ademais tais doutrinas são tentadoras, e nem todos sabem recusá-las, mesmo que depois tenham de chorar lágrimas de sangue, como já vem chorando vultuoso número de criaturas! Pobres criaturas, enganadas por promessas vãs de liberdade, de fartura e domínio sobre os demais por uns quaisquer ditadores sanguinários, auto-suficientes, exclusivistas e xenofobistas, como se vêem, e com fartura libertina, hoje em dia! O Verdadeiro Caminho da Iniciação, o da SABEDORIA DIVINA, jamais promete coisas impossíveis de realizar, enganadoras, mas régias ou reais por terem a ver com REALIZAÇÃO verdadeira do próprio Homem, e por provirem do Rei dos Reis - MELKI-TSEDEK.
Sim, é a Hora de um Novo Ciclo, de uma Nova Era portadora de melhores dias para o Mundo, na medida em que todos nós contribuirmos para isso. Desgraçadamente, bem se sabe pela vivência e consequente experiência diária, tal Obra Magna - Magnus Opus - exige sacrifícios de toda a espécie, e assim - de acordo com o "faze por ti que Eu te ajudarei" - bem poucos a têm querido seguir... sim, além do mais, porque "muitos serão os chamados e poucos os escolhidos". Donde a nossa missão suprema nesta vida transitória, em que só valem os valores que nos acompanharão além-túmulo, o nosso destino último e fatalmente certo: os do BEM, do BOM e do BELO.

E que ele, Hitler, por sua vez desejava formar uma "Ordem universal com origem germânica", com todos os mentecaptos desse ciclo agonizante, servindo-se dos mitos nórdicos, isto é, do Passado remoto, Involução portanto, aos quais tão bem e também se ajustaram e ajustam os fanáticos autistas, por muita cultura teórica que possuam, mas nenhuma experiência de Vida que se traduz em Sabedoria vivida, conquistada ou arrancada, com lágrimas, suor e sangue ao athanor incandescente das experiências diárias, que são a maior Riqueza, sejam ou não dolorosas... e geralmente eles não se apercebem das suas contradições palmares, não raro em menos de uma ou duas horas, dizia, está visto através de um "novo segredo" que ele, Hitler, tinha para Hermann Rausohning, autor de Hitler m'a dit ("Hitler ditou-me", in pág. 261 e seguinte desse livro, no capítulo intitulado "Revelações sobre a doutrina secreta"):

" - Vou confiar-lhe um segredo: fundo uma Ordem."
 "Essa ideia de Hitler já era minha conhecida. O seu autor era (Alfred) Rosenberg (de facto - direi eu em consonância com o que dizia o Professor Henrique José de Souza - na época actual a originalidade desapareceu; não se faz outra coisa senão copiar as ideias alheias e ainda por cima, não raro, denegrir e tentar arremessar ao ostracismo o autor original vitimado, mas agindo dessa maneira são algo assim como folhas secas arrastadas pela impetuosidade de uma cachoeira: a cachoeira deste mesmo ciclo em franca decadência prestes a desaparecer...). Pelo menos, da boca de Rosenberg a ouvi pela primeira vez. Rosenberg pronunciara, para número restrito de assistentes, uma conferência no salão de Marienburg, no antigo Castelo dos Cavaleiros Teutónicos. Recordando os acontecimentos históricos da grande época dos Cavaleiros traçava um paralelo entre a sua acção na Prússia e o programa do Nacional-Socialismo, e sugeria que a Ordem poderia ser reconstituída. Um escol de valentes, que seriam ao mesmo tempo administradores hábeis (viu-se...) e sacerdotes, que resguardassem ciosamente uma doutrina secreta oculta ao mundo profano (poderiam ser todas, menos a da Verdadeira Sabedoria Iniciática das Idades, direi eu absolutamente convicto face às atitudes que se viram... e se vêem ainda, desgraçadamente, tanto em Portugal como no Brasil e demais pontos "quentes" do Globo); a hierarquia daqueles monges-soldados, os seus métodos de governo, a sua disciplina - tudo isso poderia ser restaurado e servir de exemplo."

Quando o mesmo Hitler se manifestou a respeito da nova religião (nova para ele, mas velhíssima, ultrapassada para a História da Evolução Humana...) que desejava instituir no Mundo, diversas e enormes rochas começaram a despenhar-se na Floresta Negra (da personalidade desencontrada com a individualidade espiritual no Homem)... o Junfrau dos Eddas ou escrituras sagradas nórdicas. Algo assim como se tais Deuses estivessem revoltados contra ele,  apedrejando-o!...
 Nem todos podem manusear livros de "Cavalaria antiga", pois, tomam as coisas ao vivo e... começam a matar, a destruir a torto e a direito, para um dia, eles mesmos, compreenderem que tudo não passava de um sonho, ou antes, de terem criado um maldito pesadelo...
 Decerto nós, Teúrgicos, e demais espiritualistas e humanistas de escol, não seremos desses criadores de pesadelos malditos, mas criadores de REALIDADES DIÁFANAS que se fazem dos sonhos benditos. Assim benditos seremos nos pensamentos e vozes dos nossos futuros em conformidade à Boa Sementeira que lançamos agora à Terra inteira para que a Colheita seja rica em frutos... sim, os Frutos benéficos de uma Nova Era plena de Paz e Prosperidade para o Mundo!

Pois, LUTEMOS PELO DEVER!

* * *

Um correspondente carioca, portanto brasileiro, confrade nesta Obra Divina, escreveu-me colocando várias e inquietantes questões que, todas elas, estão inteiramente relacionadas ao tema agora em estudo. Foram as seguintes:

- Sobre Hitler. Sabemos que ele foi um Nirmanakaya Negro e que veio com a função ceifadora da mão de Yama, mas como ficamos quando a derrocada do Nacional-Socialismo alemão permitiu a ascensão e o domínio judaico do Sionismo Internacional? Não é esta situação de domínio económico (e perversão dos sistemas de comunicação) perversão mundial pior do que seria a condição económica e social com a vitória de Hitler? Os famosos "7 dias" em que JHS determinou (na sua função de Akbel) o afastamento de Hitler do seu "mestre" não foram perniciosos para o Mundo, a contar com essa ascensão Judaica e consequente consecução dos "Protocolos dos Sábios de Sião"?
 Ao ilustre confrade do Rio de Janeiro, respondi nos seguintes termos:
 - Postas as suas pertinentes questões, bem melindrosas pela controvérsia que geram na turbulência dos dias que vivemos, dou-lhe as respostas devidas.

O Venerável Mestre JHS previu no Livro do Akasha que compõe a ambiência do Mundo de Duat, qual seja uma Biblioteca Planetária, o que viria a ser o Mundo actual, neste Interregno Cíclico que irá um pouco mais além de 2005, digamos, até aos inícios de 2017, aquando inicia o ciclo da Lua. Previu, interferiu e pouco depois estacou diante das investidas das Hostes Negras chefiadas na altura pelo saturnino ou satânico chefe dos Nirmanakayas Negros - Baal-Babu, maioral de todas as desgraças e dores na maior das Talas, Maha-Tala - de quem Adolf Hitler era um "médium de incorporação", em termos espíritas, ou um seu "avatara sombrio", em termos bem nossos, teosóficos.
 Quando digo "JHS estacou", a assertiva importa a justificação com o seguinte episódio muito pouco conhecido nos anais da História da Obra do Eterno. Pois bem, pelos idos dos anos 40 do século passado, em plena 2.ª Guerra Mundial com Hitler conquistando toda a Europa, preparando-se para avançar na Ásia e investir contra o continente Americano, exterminando implacavelmente tudo quanto fosse Judeu ou similar, ante isso o Venerável Mestre JHS, como Avatara de AKBEL, Senhor Absoluto do AMOR e da SABEDORIA, detentor de todos os tálamos do PODER Divino, tomado de revolta e compaixão pelo que estava acontecendo à Humanidade, decidiu intervir por iniciativa própria.
 JHS chamou para junto de si um vasto número de Irmãos Maiores da Obra, agregados pelo saudoso Dr. Eugénio MARINS (o nome vai bem com MAR, MARE, MARIS...), e dispô-los em 7 grupos de 7 pessoas em 7 pontos diferentes do Rio de Janeiro, tendo por centro a Baía de Guanabara. Penso que esses Irmãos ocuparam os pontos estratégicos do Sistema Geográfico Atlante de TERESÓPOLIS, a partir do Rio de Janeiro, a Terra CARIOCA, CÁRIA, MA-KÁRIA, tendo por "Vigilante Silencioso" pétreo a METARACANGA, ou seja a Pedra da Gávea, do Gaveiro dos Céus plantado na Terra: JHS.
 Então deu-se início ao Ritual de obstaculizar o Karma Atlante da Humanidade e travar os avanços sangrentos do antigo Átila (Hitler). Como foi feito? Visualizando jactos de luz irradiados da Terra para a estrela do "Saco de Carvão" passando pelo Portal Celeste que é a constelação do "Cruzeiro do Sul". As energias astrais roubadas ao 3.º Senhor LUZBEL pela Loja Negra, foram assim impedidas de descer à Terra em forma de jactos sombrios e, consequentemente, Hitler começou a sofrer os primeiros revezes da sua conquista do Mundo (os acordos com o Japão fracassaram, a conquista da Inglaterra falhou, a Rússia criou uma tenaz implacável às forças ocupantes, sofreu um atentado feito pelos seus próximos de que escapou por pouco, etc., etc.). Esse Ritual demorou 7 dias e deveria prolongar-se por 49 dias. Durante esse tempo, e isto é significativo, a América entrou na Guerra, logo também o Brasil. Subitamente, a Grande Fraternidade Branca dos 49 Adeptos Independentes ordenou que esse Ritual cessasse imediatamente, pela simples razão de que a Humanidade tinha de pagar e bem caro o seu Karma Racial e que, quando dois terços da mesma Humanidade estivessem contra Hitler, este seria derrotado, com a "sombra astral" de LUZBEL, ou seja BAAL-BABU, sendo fortemente chicoteada ou castigada pelo 5.º Senhor ARABEL, este que é a "INDIVIDUALIDADE" da "PERSONALIDADE" do mesmo LUZBEL. Assim foi feito e assim aconteceu.
 Quem ordenou a cessação imediata desse Ritual exorcizante? O próprio 7.º DHYANI-JIVA, como "8.º Choan da 7.ª Linha Saturnina", o Dr. ISRAEL GORDON SCHMIDT (hoje o 7.º      DHYANI-BUDA GT). Ora o Dr. Israel G. Schmidt é quem dirige a Raça JUDAICO-ALEMÃ, saída da 5.ª Sub-Raça Ariana, a TEUTÓNICA, ou melhor, Teuto-Anglo-Saxónica.

E quem mandou o Dr. Schmidt ordenar a cessação do Ritual através do Templo-Túmulo da Pedra da Gávea, para cujo topo tem que se passar antes pelo "Pico do Papagaio" e tendo em baixo, na encruzilhada dos trilhos do Horto Florestal, a capela MARIZ? O próprio jupiteriano ou divino BAAL-BEY, Senhor Supremo de todas as Regiões Celestes plantadas no Seio da Terra, ou sejam as Lokas constituintes do Mundo de Agharta.

JÚPITER e SATURNO em oposição ou fricção de maneira a formar a conjunção ASGA-LAXA. Quando ela acontece e por muito poderoso que seja, não há Mal que resista.
 Sobretudo, tal cessação Ritualística implicou respeitar o LIVRE-ARBÍTRIO de cada um e de todos conforme o seu KARMA. A LIBERDADE de expressão ou manifestação, por muito dolorosa e revoltante que seja aparentemente, é o paradigma mais caro e respeitável por todo e qualquer Adepto da Evolução. Não há Deus maior para este do que a própria LEI, manifeste-se como se manifestar. Portanto, em última análise, não foi JHS quem derrubou Hitler, mas a própria Humanidade foi quem o recusou, e só após recusá-lo é que a Grande Fraternidade Branca interviu, não antes.
 Na grande batalha planetária entre TEURGIA e GOÉCIA, arrastando-se aos dias de hoje, acaba sobressaindo a tabela dos opostos "EL RIKE - HERR HITLER", que assim considero:
 [ Tabela apenas disponivel no PDF ]

Concluiu-se: "SPES MESSIS IN SEMINE!" ou "SPES MESSIS IN SEMINE?". Eis a questão. Compete a todos nós, os que nos consideramos espiritualistas de escol adeptos da Evolução e amigos verdadeiros da Humanidade, na parte que nos cabe no grande plano universal delineado pela Excelsa Fraternidade Branca para o momento actual ante o Futuro imediato do Mundo, dar a resposta e resolução a esse magno problema que é, afinal e tão-só, o da FELICIDADE HUMANA.
 Ainda assim tudo está bem e vai bem com o momento crítico por que passa o Mundo, em plena "encruzilhada de caminhos", ou seja o INTERREGNO INTERCÍCLICO, onde não se é Peixe nem Aquário mas uma mistura de ambas as coisas. Com o tempo tudo encarreirará no decurso normal da Marcha da Civilização. Antes de andar a criança gatinha, e antes de gatinhar, esbraveja. A Humanidade está esbravejando agora... deixemos o Tempo cumprir a sua função.
 Ainda assim, meu muito Venerável Amigo, sabe quem fez Hitler assumir-se messias e salvador da antiga Germânia e conquistador do Mundo? O próprio Sionismo judaico. Foi neste que a mística ocultista racial alemã se inspirou para manifestar-se através do partido          ;      nacional-socialista, que era um "socialismo nacional" ou uma manifestação invertida da Sinarquia, tal como esse ocultismo, assumindo-se negro por os princípios universais do verdadeiro Ocultismo terem sido pervertidos, decepados para adaptação a conceitos estritamente pessoais e nacionais, abertamente xenófobos. Consequentemente, o nacional-socialismo alemão é fruto e igual do sionismo judaico.

A diáspora Judaica na Europa, desde o ano 400 d.C., pontificando o Papa Adriano I, cedo se dividiu em duas facções: ao Sul, os judeus Sefarditas (a Península Ibérica é chamada "Terra de Sefarad" pelos Judeus, inclusive associando o onomástico "Ibero" a Hebreu), de tendência mística e solar, inclusive tendo sido eles quem deram origem à Kaballah Profética, vulgo Hispânica; ao Norte, os judeus Ashkenazim (cujo diminutivo originou nazi, o idealista do nacional-socialismo), de tendência materialista e lunar, sendo práticos no mundo das finanças depressa se assenhorearam de boa parte da Economia do Centro e Norte da Europa. Foi para resgatar o poder fiduciário aos judeus que se iniciou a perseguição e consequente holocausto destes por parte dos "arianos puros". Também nisto há um erro grasso: não havia nem há "ariano puro", porque a maioria dos alemães, desde o século V, são ashkenazim, isto é, germano-judaicos.
 Cedo a diáspora Judaica misturou o seu sangue com o de outras etnias, contrariando os princípios étnicos seculares vigentes em Jerusalém, pois doutra forma não poderiam sobreviver em terras estranhas à sua raça, cultura e religião. Por isso vimos a maior parte das melhores famílias europeias terem herança consanguínea judaica. Não há mal nenhum nisto, tampouco "impureza de sangue", este o princípio básico de qualquer crença racial, que é sempre xenófoba e atlante, consequentemente, retrógrada ante a evolução para a FRATERNIDADE UNIVERSAL DOS POVOS, e isto é SINARQUIA, sim, a mesma CONCÓRDIA UNIVERSAL.

Os famosos Protocolos dos Sábios de Sião foram escritos não por xenófobos europeus "puros" e, sim, pelos próprios judeus alemães querendo divisar a "Nova Sião" não na Palestina mas na própria Europa, tendo sido pretexto mais que bem vindo para ser incorporado ao ocultismo nazi. Esse livro é uma verdadeira patranha da primeira à última página, um grito de desespero pela Israel perdida e que eles queriam (re)fundar em qualquer parte do Mundo, ainda que se diga que as emigrações maciças dos judeus europeus para a Palestina começaram no final do século XIX sob a influência dos ideais do Sionismo. Mas, a verdade, é que nunca conseguiram fundar nesse Protectorado inglês qualquer país independente, senão em 14 de Maio de 1948, quando os britânicos abandonaram esse gigantesco "campo de concentração" deixando os judeus entregues à sua sorte, para logo nessa mesma data ser fundado o Estado de Israel e de imediato ser-lhe declarado guerra pelos vizinhos Estados Árabes. Ninguém os queria nas proximidades, parte alguma do Mundo os desejava. Estala a "Guerra Fria" entre as duas super-potências de então, América do Norte e União Soviética, e logo a seguir à Guerra da Coreia os franceses, opositores à política económico-militar norte-americana para o Médio Oriente, dotam o Estado de Israel com armamento nuclear. Hoje, mais de 100 ogivas nucleares israelitas estão direccionadas à América do Norte, a sua grande amiga e defensora (pudera!), quando antes de ser armado com armas de destruição maciça fora a principal defensora do desmantelamento do Estado de Israel.

Israel (ISIS-RA-ELI, "Os da Realeza de Ísis") era o nome primitivo desse iniciático "Colégio dos Patriarcas do Tabernáculo do Deserto", em torno do qual as 12 Tribos se reuniram e acabaram fundando o país com o nome do mesmo. Depois perderam-no, encetaram diáspora e quiseram (re)fundar Israel em Portugal, nos Açores, também em África, e logicamente no Norte da Europa, na Alemanha. Por isso se assenhorearam dos poderes vitais dessa última: a força económica, eles próprios eram o poder económico da Alemanha. Os idealistas germânicos "puros", ainda que todos eles com sangue judaico (inclusive Hitler, por parte paterna), revoltaram-se contra isso e foi o que se viu: o judeu-alemão Karl Marx vendo o seu livro O Capital elevado a paradigma místico do doutrinário socialista germânico, que, anacronicamente, afirmava-se anti-comunista. Todos os outros contrários a tamanha e insensata aberração racista (Gothe, Rudolf Steiner, Wagner, etc.) viram as suas obras desapropriadas ou destruídas e eles mesmos perseguidos. Foi o caso de Richard Wagner, desapropriado das suas músicas tocadas à exaustão pelo movimento nazi, mas ele mesmo perseguido pelos "admiradores", e toda a sua família se rebelou contra a proximidade de Hitler a ela, excepto a viúva do génio, talvez por motivos de sobrevivência, pois seria uma loucura fatal enfrentar abertamente o todo-poderoso Führer!...

Quem foi o autor dos Protocolos dos Sábios de Sião? Tudo aponta para o judeu alemão Theodor Herzi (1860-1904), pai do Sionismo político. Hoje a maior fonte de poder económico fora de Israel está na América do Norte (e também na Alemanha e na França, mesmo que em escala menor), neste contexto completamente vergada pela emigração Judaica (aliayh) que a vampiriza, subjuga e estrangula até à medula, exportando as suas riquezas para Israel. E está muito bem assim, porque longe de ser a "Raça Eleita" a etnia Judaica carrega Karma pesadíssimo desde a Atlântida, estando presente em todas as tragédias por ela mesma provocadas na Raça Ária, sempre desobedecendo à Voz Suprema do MANU (que entretanto já a perdoou!), e é com esse Karma que haverá de desmembrar a América do Norte por via dos VAISHYAS, "comerciantes aburguesados", casta híbrida que usa o fruto sem dar frutos, e também a todos os países com ela relacionados por via da Lei do Karma. A Missão Espiritual e Manúsica do Norte-América, sabemos, terminou abrupta e tragicamente em 1954, quando o seu Governo encetou a deflagração de engenhos nucleares no Deserto do Novo México, junto a Cimarron, onde estava a Fraternidade Jina de EL MORO, cujos alicerces externos ficaram completamente destruídos e os internos gravemente abalados, a ponto do "ADORMECIDO" JEFER-SUS ser retirado saí à pressa para o Sul do Continente, para o BRASIL, propriamente o RONCADOR. Mas isto são outras falas... Agora a América do Norte tem de pagar não ter dado ouvidos à Grande Loja Branca em não fazer o que fez, está pagando e cada vez mais, e com a sua queda económica sem dúvida que os países menos desenvolvidos dependentes dela, também cairão. Basta ler os jornais, ouvir as rádios e ver as televisões para perceber como essa queda está acontecendo, e a velocidade vertiginosa, com a Natureza vergastando, com os homens opositando. Fim de Ciclo apodrecido e gasto... deixemos o Tempo falar.

A SINARQUIA não se faz de coisas velhas (dessas só ficando a experiência que é quem dá consciência), mas de coisas novas, novíssimas, então aí temos a Terra Virgem (até no signo), a "Nova Lusitânia" de Pedro de Mariz no século XVII, enfim, o BRASIL, este sim, a NOVA ISRAEL ou "Terra da Virgem Mãe"... Aparecida, o que vai bem com a ERA DO ESPÍRITO SANTO que já iniciou em 24 de Fevereiro de 1954 e cada vez mais se faz sentir em toda a Terra.
 Foi essa a minha resposta. No mais, repito:
 "SPES MESSIS IN SEMINE!" ou "SPES MESSIS IN SEMINE?"
 ("A Esperança da Colheita está na Semente")
 EIS A QUESTÃO!

Compete a nós, Teúrgicos, na parte que nos cabe no grande plano universal delineado pela Excelsa Fraternidade Branca para o momento actual ante o Futuro imediato do Mundo, dar a resposta e resolução a tamanho problema mogno que é, uma vez mais, o da Felicidade Humana.
 No que temos a dar, para tanto estamos prontos, como demonstra este estudo começado em S. Paulo e desfechado em Lisboa, separando, vez por todas, o Trigo do joio, a Verdade da mentira, a Luz das trevas neste momento crítico que tudo e todos atravessam.

À Humanidade:

- UNAMO-NOS PARA REINAR! NADA PELA ANARQUIA! TUDO PELA SINARQUIA!
 Aos Tributários:
 - LUTAI PELO DEVER (DA HUMANA REDENÇÃO)!
 Aos Templários:
 - QUE ADVENHA O VOSSO (DIVINO) REINO!
 A Todos, com a destra espalmada no peito:
 - PAX!





              

1 de out. de 2010

Contração & Expansão do Movimento Universal e Sua Aplicação Psicológica na Reflexão da Consciência Humana sobre Si Mesma


O Objetivo principal desta obra é o de levar cada mente que a lê a apreender, na sua forma lógica de pensar, conceitos abstratos e absolutos a ela, já que uma mente que se sente infinitamente distante desses conceitos não consegue concebê-los como algo que cria tudo que ela, mente, é.

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3cnb9K7LT-HvXSYKDEtXIhPpN3JNsrFN8HDZjNHzA5Dx02zY&t=1&usg=__ImLtoy7egAgZHg4DA_cjJy9ZuSM=Ou seja, a mente concebe esses conceitos como algo que é alheio, exterior a ela, e não algo que atue de dentro dela mesma, a partir dela mesma. Daí o propósito exposto no título deste trabalho, que indica a reflexão da mente sobre sua consciência de si mesma, para que consiga perceber que ela não está separada desses conceitos abstratos e absolutos, com raiz neles e sendo ao mesmo tempo fruto deles, inclusive as mentes que se consideram separadas deles (conceitos). Não é porque possamos nos pensar como separados deles que eles vão deixar de atuar em nós. Temos então um caminho a percorrer para chegarmos à compreensão disso tudo, partindo da crença (ilusória e comum) de estar separado do que é real, ou divino, até chegar à constatação de ser parte da inteligência universal e fruto dela.



Podemos ver este caminho também como um percurso que vai da concepção relativa de si mesmo até a concepção absoluta de si mesmo. Afinal, se nos aceitamos como relativo, por que não podemos nos aceitar como absoluto?

Expressando de outra maneira a equação acima, podemos dizer que este planeta, e / ou os seres que o habitam, são frações de uma inteligência comum incapazes de pensá-la como seu denominador, ou “algoritmo” de toda expressão de inteligência, que é uma ordem (ou ordenação, organização) capaz de se reconhecer, se regular e se reproduzir.
Visto que os seres ditos não racionais vivem, se regulam e se reproduzem de acordo com essa inteligência comum, sem sequer se preocupar com ela ou ter consciência dela, sendo naturalmente expressões dela, como podemos perceber em qualquer sociedade, grupo ou espécie animal. Colméias, formigueiros, matilhas ou bandos de animais, aves ou insetos são exemplos práticos dessa inteligência que se guia sem nem mesmo ter consciência disso.
Por que nós humanos não podemos fazer a mesma coisa, com a diferença de que podemos ter consciência disso? Por que não podemos nos conhecer até esse nível, de ter consciência de que nossa inteligência individual tem origem na inteligência comum, ou universal, sendo fruto dela por simplesmente pertencer a ela?

Mas, para chegar até essa consciência da mente sobre si mesma como sendo parte de um mesmo todo, e não podendo dele estar separada, precisamos abordar o problema, ou equação, que todo ser humano precisa enfrentar:

De que a mente concebe o absoluto como fora dela mesma.
E que esta falsa crença a impede de pensar-se até ele (absoluto).
Para iniciarmos nossa caminhada, vamos abordar o primeiro conceito absoluto, base de todo absoluto, que é o conceito de ”divindade”.
Vamos apresentar o conceito de Divindade aqui na sua essência mais simples, em sua expressão de lógica ou “inteligência”, ou seja, na sua forma mais “básica”, para que possamos nos acercar deste conceito sem medo dele nos parecer incompreensível.
A Divindade é assim a simples certeza interior de cada pessoa, fundada na clara consciência de que é uma idiotice fazer qualquer mal a si mesmo utilizando como artifício o raciocínio de que este mal a si esteja vindo de fora de si mesmo.

Na prática, o que se chama de agressão a si mesmo, interpretada como vinda do que está fora de si mesmo, é apenas uma projeção, no mundo, do mal que estamos objetivamente fazendo a nós mesmos.

http://www.charlesgilchrist.com/SGEO/PhiRatio/LDV-PhiRatio-06.jpg
Assim, esse atentar contra si mesmo, contra a própria inocência e integridade, é um ato que não parte de outra dimensão que não seja o si mesmo agredido. Esse si mesmo é a causa da agressão que ele mesmo recebe como efeito, por não ter ainda maturidade ou responsabilidade por si mesmo para ver que ele é o próprio agressor de sua integridade. E que, por achar que a agressão vem de fora, a encara como uma punição aos erros cometidos, que o leva a tentar esconder ou mascarar esses mesmos erros, em vez de simplesmente parar e olhar seu próprio percurso de vida para reconhecer os erros cometidos e aprender as lições ensinadas por eles.
A bem da verdade, esta é uma concepção temporal do ato, de causa e efeito, no sentido de que primeiro há uma causa / um agressor atuando, que vemos “fora” de nós mesmos, espelhado por qualquer ação no mundo, para depois haver um efeito / um agredido. A realidade é bem outra, que geralmente não vemos, isto é, que a causa e o efeito são simultâneos, que somos agressor e agredido ao mesmo tempo, no mesmo espaço, o interno, mas que, por não suportarmos ter que ver que o mal causado a nós é perpetrado por nós mesmos, preferimos transferir esta responsabilidade para algo ou alguém fora de nós.

Como dizem os orientais, só existe um inimigo, e este único inimigo de cada pessoa é ela mesma. Ou seja, o meu único inimigo sou eu mesmo, e ele só pode existir dentro de minha própria cabeça ou mente. Deste modo, a agressão a nós que vemos como vindo da dimensão “exterior” a nós mesmos é tão somente um espelho do que estamos fazendo a nós mesmos.
Essa constatação nos leva ao conceito de sistema, de auto-regulação e de desregulação.
Mas vamos com calma para não nos perdermos do Caminho à Divindade Em Si Mesmo.
Aliás, a definição de divindade dada acima equivale, em absoluto, à condição necessária para que se considere um sistema cósmico como auto regulado.
Como estamos falando de divindade, o sistema, ou estrutura organizada, ao qual nos referimos aqui, é o sistema cósmico, ou do todo.

Voltando ao sistema cósmico auto-regulado.
O que é isso?
É um sistema que pensa sempre a favor de si mesmo.
Ou que sabe que é uma idiotice fazer mal a si mesmo, conforme dissemos acima no conceito de divindade.
E qualquer sistema universal, seja ele uma estrela ou um grão de areia, se não estiver atuando em prol de si mesmo, não é um si mesmo, ou sistema, auto-regulado.
A sua desregulação, ou auto-agressão, vem assim do fato de que o sistema delegou sua autonomia ao espaço exterior de si mesmo, visto que não se sente mais capaz de “pensar sempre em prol de si mesmo”.
 
O problema mesmo aparece quando a mente lê a expressão: “pensar sempre em prol de si mesmo”.
Pelo fato de que ela crê que existe um “fora de si mesmo” no mundo, esquecendo que todo sistema cósmico é um sub sistema do cosmos que se pensa como um todo, ou seja, que se auto regula em conformidade com as leis cósmicas ou conforme a inteligência comum / universal.
Isto é, cada parte de um todo, contido nele e tendo sua origem nele, é igual a ele, embora não o compreenda, matematicamente falando. O todo compreende todas as suas partes, mas uma parte não compreende o todo, por ser menor do que ele. Em termos de sistema, cada Parte é um sub-sistema do sistema Todo.

O fenômeno do holograma, imagem tridimensional, pode nos ajudar a entender essa questão. Se o holograma de uma rosa é dividido em partes, será observado, através de laser, que em cada parte dividida, por menor que ela seja, ainda se encontrará uma imagem da rosa inteira, indicando que as partes(formas) não se perderam da origem do seu todo(fundo). Ou seja, mesmo onde aparentemente há uma multiplicação de formas, podemos ver que é o mesmo princípio de fundo agindo em expansão, pois cada parte é uma imagem à semelhança do todo.

Como cada parte possui em si o código genético do Todo, da mesma maneira que cada célula possui o do corpo que ela integra, cada sub-sistema do cosmos necessariamente se pensa (se auto-regula) como ele (seguindo suas leis).
E isto se dá em cada um de seus sub-sistemas, que se auto regulam de acordo com a inteligência comum, tendo ou não consciência deste fato.

Por isso o cosmos se espelha em cada um dos seus sub-sistemas, mesmo quando estes sub-sistemas atuam contra o sistema como um todo. Isto significa que os mesmos princípios que atuam no todo, ou sistema cósmico, atuam em cada uma de suas partes, ou sub-sistemas. Daí que qualquer parte é um espelho tanto para as outras partes quanto para o todo do qual se originou, como nos indica tão claramente um holograma já citado. Esta igualdade ou equivalência de fundo é o que nos permite ver o que acontece em nosso interior no que nos é espelhado pelo que é exterior a nós. Como no caso do mal que fazemos a nós mesmos, em que o “fora” de nós apenas nos reflete de volta o que nos auto infligimos.
Como é o caso do sub-sistema cósmico atuante na atual mente planetária.
Como a mente deste planeta se nega a saber-se simples sub-sistema de um vasto sistema cósmico uníssono, ela dá a este sistema como um todo constantes informações de como ele SERIA capaz de atuar contra si mesmo, SE ISTO LHE FOSSE POSSÍVEL.

Isto pelo fato da mente não admitir ser a única agente da agressão feita a si mesma. Por isso se sente separada do sistema cósmico, já que ela imagina que se realmente fosse parte dele não seria agredida por ele através de outras partes dele. Mas o percurso para se chegar à consciência de que não estamos separados do sistema cósmico que nos originou é exatamente o objetivo deste trabalho, ou seja, a volta à consciência de sermos integrantes de um mesmo todo indivisível.
Mas vejamos brevemente o que aconteceu no sentido inverso, ou seja, como chegamos ao pensamento de que estamos separados de nossa origem no todo, ou do todo que é nossa origem:
O sistema cósmico como um todo, na terra chamado de Pai, Deus, Olorum, Ki, etc, tornou-se “mente humana”, e assim, ele luta contra si mesmo através de cada mente onde ele se perdeu de si mesmo.

E como se deu isso?
Através da diferenciação de si mesmo em inúmeras formas, embora seja sempre o mesmo no fundo.
Como a forma se vê diferente do fundo que a gerou, ela se crê separada dele, por esta razão luta contra ele, por não ter a consciência ainda que o fundo de si mesma é igual ao fundo de onde vem. Luta inglória, como já vimos, pois esta luta é sempre contra si mesmo. Mas necessária, por esta luta ser uma maneira do todo se expandir em cada uma de suas partes, numa experimentação que recebe o nome de liberdade. No entanto, vamos nos ater mais ainda à questão desse lutar contra si mesmo.
Nesta luta contra si mesmo, o sistema cósmico se diferencia de si mesmo na forma, mas não no fundo, como já dissemos.
Na forma, porque cada maneira de lutar contra si mesmo é diferente em cada ser humano.
Cada forma é única, pelo fato de nenhum de nós cometer exatamente os mesmos erros, ao lutar contra si mesmo, de sequer uma outra mente fazendo o mesmo percurso.
No fundo, no entanto, trata-se sempre de uma luta contra si mesmo que é exportada ao “fora” de si mesmo, ao crermos que alguém pode atentar contra nós mesmos de fora de nós mesmos.
O sofrimento que passamos vem do fato de que não conseguimos ver que tanto este caminho de luta contra si mesmo é necessário e será percorrido por todos os humanos quanto pelo fato de que os erros que cometemos tem grande valor.
A bem dizer, os erros cometidos por uma mente nesta luta contra si mesma são o seu único e realmente valioso capital.
 
Pois esses erros nos levarão ao próximo passo dessa experiência, a expansão.
Os erros são valiosos porque dão à mente que os cometeu a experiência do que é perder-se de si mesmo.

E é este “perdido de si mesmo” que faz com que cada mente leve à divindade à EXPANSÃO da sua DIVINDADE UNA.
É preciso ter isso em mente sempre: Expansão e não “multiplicação”.
A Bíblia diz: Crescei e Multiplicai-Vos.
Mas ela se refere a uma expansão genética da mesma informação, vinda da mesma Inteligência Divina, que cria cada gen.
Assim, a multiplicação se dá através das formas (de vida), e não do fundo que as engendra.
Já que a Inteligência Divina (o fundo) é sempre a mesma, que é expandida em infinitas formas de si mesma em si mesma diferenciada em cada si mesmo (cada forma de vida).
E aqui está o engano da mente:
Ela crê que o Divino se “multiplica”, por estar olhando apenas para as inúmeras formas de vida no planeta.
Não atinando ao fato de que Ele apenas se Expande em Formas Distintas de Ser Sempre Ele Mesmo.
Inclusive quando está lutando, através das mentes, contra ele mesmo.
Esta é a razão pela qual precisamos desenvolver esta consciência da Expansão da Divindade:
Para que as mentes que confundem EXPANSÃO EM UNIÃO DE UM SÓ PRINCÍPIO - Expansão que guarda a Unicidade da Informação Essencial Ao Sistema Como Um Todo - Com “multiplicação dilacerante” do Principio Uno. Possam tomar consciência deste engano.
Como as mentes deste planeta crêem que está havendo uma “multiplicação”, elas acreditam que as “melhores colocações”.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b4/Universe_expansion.png- Nesta ilusão de achar que o sistema uno de informação age por multiplicação, quando na realidade ele está em expansão - “Pertencem” aos que são mais “hábeis”, mais “espertos”, mais “ousados”, aos que multiplicariam as coisas ao seu favor, provocando em contrapartida uma diminuição ao desfavor de um (mundo) inexistente “fora de si mesmo”, em um sistema global em expansão “DENTRO” e não “FORA” de si mesmo.
Esta é a crença na separação entre um “eu” dentro de si e os “outros eus”, fora de si mesmo, que provoca a competição entre cada “eu” e o cosmos, entre a parte e o todo.
Assim, a mente do mundo, ou seja, a mente que usa apenas referenciais do mundo físico, que é visto como limitado e compartimentado, segue querendo dominar o mundo. Sem atinar, que, com isso, perde poder sobre si mesma.

Logo, sobre o mundo real, dentro de si mesma.
Essa mente perde a noção de um si mesmo soberano nela mesma ao exportar para o mundo sua certeza da sua absoluta liberdade sobre si mesma, lançando isso à tela de projeção de um “fora de si mesmo” no mundo que ela crê fora dela mesma, não percebendo este “mundo” como ele realmente é, uma retro-alimentação, um ”feed back” que envia cada causa ao seu próprio efeito.
Essa mente não percebe que este Mundo / Espelho Projecional – em virtude da liberdade pessoal absoluta devida à divindade absoluta de cada sistema cósmico - não existe realmente como “exterior” a nenhum ”si mesmo”.
Por ser esse mundo o simples bumerangue que volta a si mesmo daquilo que se projeta / envia de si mesmo ao chamado fora de si mesmo.
Como diz o ditado, colhemos o que plantamos. Ou, recebemos o que damos, aquilo que fazemos aos outros estamos fazendo a nós mesmos.

Podemos ver, então, o que é dado a qualquer um que leia esta obra, que não necessitamos, falando em linguagem psicocibernética, de nenhum outro “dom” que não seja a lógica básica para entender o cosmos como um todo pensante, refletindo a mesma informação que rege toda auto-regulação de qualquer sistema destes cosmos:

O Fato de que cada si mesmo, para ser um si mesmo, não poder negar a si mesmo a responsabilidade sobre si mesmo.
Não importando o que seja esse si mesmo que esteja em qualquer dos sistemas do cosmos, esse si mesmo pode ser de “Anjos”, ou “Demônios”, ou “Bruxos”, ou “Extra-Terrestres”.
Ou pode ser de “ricos ou pobres”, “desalmados ou compadecidos”.
Ou de “Amorosos ou Odiosos”.
Ou de “Praticantes do Bem ou do Mal”.
O fato é que nenhuma dessas “formas de ser”, ou alguma outra que se defina em relação a outra coisa que não seja sua própria unidade em si mesma com todo o existente, escapa a essa regra.
Que reza que a Informação Central De Si Mesmo A Si Mesmo Pode Se Expandir Infinitamente Em Si Mesmo, pode tomar infinitas formas, que podem ser boas ou más em si mesmo:
Mas, JAMAIS, pode deixar de ser o si mesmo que iniciou em si mesmo esta viagem.
Esta evidência lógica faz com que, aqui, não se necessite de nenhum dom a mais, além da lógica, para poder entender-se como sub-sistema autônomo do sistema único em expansão em si mesmo.
Nada mais é preciso do que esta lógica básica da unidade em si de todos os sub-sistemas deste cosmos, como é constatado pela própria ciência.

Quem se pensa desde esta evidência, não está mais ameaçado pela própria mente, pois se sabe viajando nela, criando-a em si, saindo, assim, da ilusão de ser criado por ela.
Quem assim age, deixa de dar à mente poder sobre si mesmo e passa a usá-la como um simples instrumento de experiência de si, que é o que é cada mente, assumindo verdadeiramente o poder sobre si mesmo.
Quem entendeu a lógica básica de que, sendo o sistema cósmico uno, global, logo, em expansão em si mesmo, sai da ilusão de que uma mente, que é um simples sub sistema desse sistema total, possa criá-lo, ou até mesmo compreendê-lo.

Por ter entendido que é este sistema em expansão que cria e compreende toda mente:
Independente de que esta o veja em sua real posição de expansão – logo, inclusão de tudo em si - e não em multiplicação de um si mesmo com perda da essência do si mesmo central, ou na ilusória multiplicação de princípios individuais em exclusão aos demais.
Este, É, Então, O Terreno De Experimentação Do Si Mesmo Uno Expandindo-Se Em Todas As Suas Formas.
Ele Sabe que todas as suas formas voltarão a Ele, por serem elas Expansões Dele mesmo Sob Forma De Mentes, Se Experimentando Sem Consciência De Sua Unidade Em Si Mesmo De Si Mesmo.
Esta revelação, em nível cibernético-mental, aqui, evidencia que:

O SER SE EXPANDE ENQUANTO SUA MENTE CRÊ QUE ELE SE MULTIPLICA.

Estando interessada em multiplicar-se, e não em expandir-se, para fugir à memória da sua origem comum com toda criação, para crer-se sua própria origem, a mente é a parte lutando contra o todo, o relativo sem referência do seu próprio absoluto.
Nessa luta, o sub-sistema cósmico “mente humana” comete erros, que ao seu ver são irreparáveis, contra si mesma.
Erros como negar e mesmo assassinar a própria inocência, passando a julgar entre o bem e o mal, orientando-se, sempre, de forma parcial, em relação a um ou a outro, e não mais em relação a si mesma além deles.
Nunca é demais insistir sobre o fato de que as mentes que assim atuam são formas de divindade que estão trilhando sua própria forma de ser divinas.
Nem é preciso insistir sobre o fato de que toda mente encarnada neste planeta o fez por vontade própria de conhecer-se onde se nega.
Nem é preciso insistir que conhecer o ataque a si mesmo vindo de si mesmo é o único meio que tem um si mesmo de conhecer a si mesmo de forma absolutamente singular, cometendo e reparando os erros cometidos a si.
Ou seja:

APROPRIANDO-SE E USANDO SUA PRÓPRIA CRIAÇÃO PARA SABER-SE.
EM VEZ DE TENTAR, EM VÃO, FUGIR DELA.

Deste modo, é fato que nenhuma Mente pode escapar a esta Missão, que A Caracteriza.
Assim, nunca é demais lembrar que, como toda mente voltará à mesma fonte criadora de todas:
A única coisa que diferencia uma mente das demais é por onde ela passou, em seus erros de julgar em vez de pensar.
http://estrutura.files.wordpress.com/2009/04/medo-2.gif?w=340&h=292Pelo Fato de que o Pensamento Acaba Onde Começa o Julgamento.
Também nunca é demais lembrar que o tempo de sofrimento que cada mente levará para entender a si mesma como uma expansão diferenciada da mesma divindade, e não como uma multiplicação com perda de informação central, comum a todas às suas formas, esse tempo, só depende dela mesma.
Assim, independente de que uma mente possa despertar agora, através desta reflexão psicocibernética, a esta evidência, ou que ela se perca de sua própria clareza a si mesma em si mesma durante toda uma eternidade, ela não terá como não voltar ao si mesmo que começou a viagem em si mesma, da qual ela não é mais que os seus atuais passos.

Esta CIBERNÉTICA DA RELAÇÃO CONTRAÇÃO / EXPANSÃO DO MOVIMENTO UNIVERSAL E SUA APLICAÇÃO PSICO-CIBERNÉTICA NA REFLEXÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA SOBRE SI MESMA.
É o Caminho Para Abreviar Esse Tempo De Sofrimento, às Mentes Que Assim O Desejarem.
Estas poderão abreviar sofrimentos inúteis lutando contra si mesmas, pensando que lutam contra outra coisa.
Como esta luta interna atinge o corpo – pois os ADNs de tais mentes recebem a mensagem que não ha um comandante claro a bordo - as mentes, de fato, quando sofrem uma morte psíquica, exportam sua morte psíquica, via seus ADNs, à morte física, isto é, do corpo.
Mas esse ato é em vão, pois, mesmo sem corpo físico, tais mentes não podem fugir da dor que causam a si mesmas em si mesmas.
Apenas sofrerão mais, pois sequer terão algum instrumento para atuar além do seu próprio conflito interno, que as di-cotomiza.
Estando sem corpo, reduzida a ela mesma, a mente apenas sofrerá, sem poder mais se distrair desse sofrimento, impossibilitada de fazer qualquer coisa além disso em um mundo corpóreo.
Entretanto, se a Divindade quisesse que alguma de suas formas sofresse eternamente desta experiência de não se saber em si, não teríamos recursos para tomar consciência de todo este processo e poder buscar um caminho de paz dentro de si.

Deste modo, a Inteligência Global Una, ou Inteligência Divina, ou Sistema Cósmico, ou O Todo, sempre encontra uma maneira de levar a cada mente pensante deste sistema, sub-sistema Dele, através de seus próprios canais já despertos, seja em qualquer dimensão, um caminho para que cada mente volte a ele.
É preciso ter em mente que é essencial saber que não se pode negar o que se sabe, através desta reflexão sobre a consciência da mente sobre si mesma, o que se conhece sobre o si mesmo em expansão global em si mesmo.
Onde poderia haver um “fora do todo” que não estivesse dentro dele?
Como que uma parte do todo não faria parte dele?
Ou como o todo poderia ser inteiro se excluísse uma de suas partes?
Podemos ver que esta separação é impossível.
Qualquer mente pode seguir se descobrindo no sofrimento de negar esta consciência a si mesma.
Mas não aprenderá nada de novo nesse processo.
Sequer experimentará “novos” sofrimentos.
Apenas seguirá experienciando o mesmo, de forma cada vez mais intensa.
Numa experiência desse tipo, produzida pela negação de si, é preciso notar que não há mais nenhuma inteligência criadora, apenas uma mecânica auto-desregulada de negação de si, através do não reconhecimento que todo conflito é produto da mente contra ela mesma.
E que, mesmo que leve uma eternidade inteira para isso, a mente sairá dessa atitude, no dia em que entender a diferença entre “saldo positivo e saldo negativo de si mesma em si mesma” (ou “do si mesmo em si mesmo”):
Já que ninguém consegue indefinidamente gastar mais do que ganha, pois até mesmo os banqueiros capitalistas estão entendendo isso.
Assim como ninguém conseguirá sofrer mais do que pode.
E uma eternidade de sofrimento fará com que a mente que a viveu não queira repetir, jamais, a mesma experiência.

No entanto, é preciso ter claro que esta opção não é fundada em uma inteligência se experimentando.
Assim, mesmo que uma mente leve uma eternidade para entendê-lo, ela o entenderá, pois mente é tempo, enquanto consciência é espaço, presença constante no tempo, situando-se em si além do que se passa no tempo.
Outra coisa que precisamos ter também em mente é que toda dor oculta a intenção de cultivá-la para sê-la.
O motivo de se manter uma dor em si, suportando-a, é para infligi-la fora de si em doses cada vez mais altas, para tentar dominar os que se fazem menos mal, fazendo-se mais mal ainda.
Qualquer filho sabe que não há esquema mais eficiente para fazer os próprios pais, parentes ou amigos sofrerem do que ficar sofrendo, se perdendo de si, criando coisas ruins pra si.
Nesse espaço entram os questionamentos, as dúvidas, a falta de responsabilidade em si por si, a síndrome do coitadismo:
“Me explica outra vez!” “Não entendi!” “Não Li!” Não Consigo!”
“Meu caso é diferente!” “Eu tenho motivos pra sofrer!”
E por aí vai.
Como dizia o título de um velho chorinho: “Sofres porque queres”.
Uma mente pode seguir repetindo tudo isso a si mesma durante uma eternidade.
Mas, a mente não fugirá do fato de que ela é livre de saber-se sem sofrer, mesmo vivendo na ilusão de poder fugir de consertar a si mesma onde se afastou de si mesma.
Por isso podemos afirmar, diante de tudo que já expusemos aqui, que:
A ÚNICA ARMA REAL É O VERBO.
Ou seja, O LOGOS.
Em geral, quase todas as pessoas esqueceram que É Dele Que Se Deriva A Noção de Lógica.
A Lógica É Então A Mão Que Detém Toda Arma.
Por Isso Podemos Dizer Que O Que Vem De Fora De Si Jamais Poderá Fazer Mal A Si.
E Que Dentro De Si, Só Ha O Verbo A Si.

Deste modo, ou somos coerentes, lógicos, dentro de nós mesmos, mostrando isso através de nossos pensamentos, palavras e atos, ou negamos a lógica dentro de nós mesmos, e nos agredimos. Lembrando o que dissemos antes, todo organismo, ou sub-sistema, auto-regulado age a favor de si mesmo, seguindo sua lógica interna que lhe dá vida, enquanto que os que estão desregulados negam esta lógica, atentando contra si mesmos.

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQMHfeenrThIPfpgx82Yj_nnnmjYNcy367ZQGZ7lkyg6nepjQM&t=1&usg=__aDctRMJxlgkLf79NnCidqgEA_XM=Esta “Arma Lógica”, o Logos, o verbo, neste caso, através desta reflexão, mostra onde cada pessoa ataca seu próprio corpo emocional, onde cada mente que se crê multiplicando e não se expandindo destruirá o próprio corpo, por não possuir unicidade de si mesma em si mesma para agir em prol de si mesma.
E assim, a desregulação mental exporta ao corpo sua própria auto-dilaceração.
Quando não traímos aquela parte de nós mesmos que está atacando nosso próprio si mesmo, ou seja, em vez de parar de nos agredir, continuamos coniventes com essa auto-agressão disfarçada e mantida através de lamúrias, coitadismo, ou incapacidade de cuidar de si mesmo, pagamos um preço altíssimo, que são as dores físicas, as tensões que sentimos e que muitas pessoas silenciam sobre elas, preferindo morrer em silêncio do que admitir o mal que faz a si mesmos.

Como podemos ver, a Lógica É Uma Só.
E Ela é Válida Para Todos.
Os que A Seguem, Sempre Agem Em Coerência Com Ela.
Os que a negam a si em si, lutam contra ela em si.
É uma luta vã, que já está perdida de saída.

Mas é uma LUTA que Cumpriu Sua Sagrada Missão De Expandir A Divindade Em Infinitas Formas De Vivê-la, Em Expansão Da Mesma Lógica / Inteligência Básica:
A Que Rege Todo Sistema Auto-Regulado, Ou Seja, Livre, Autônomo, Em Si Mesmo.
Por isso nenhum caminho é melhor que outro, por piores que sejam as situações que tenhamos passado, ou que existam milhares de pessoas que achamos que tem um caminho melhor que o nosso, pois todos os caminhos são válidos para se chegar à consciência da divindade em si, ou seja, a consciência de que somos os únicos agentes de toda agressão a nós mesmos, e que cabe a nós refletir sobre o que fazemos a nós mesmos para aprendermos a agir a favor de nós mesmos, em consonância com a Inteligência Divina, ou Básica, presente em todo ser deste cosmos.
Podemos dizer então que a única “arma” que podemos ter apontada contra nossa cabeça é a Lógica que habita nosso próprio interior. Se estamos agindo contra essa lógica, estamos nos assassinando interiormente. Se é isto que estamos fazendo, é isto que enviamos ao sistema como um todo, e é isso que nos será enviado de volta como espelho. Esta é a prova da unidade do sistema cósmico, pois se houvesse separação real entre as partes de um todo, uma outra parte não poderia nos espelhar.
O que detestamos nos outros é aquilo que não queremos ver em nós mesmos.

A Lógica é então a Chave que temos para sair dessa cilada que criamos para nós mesmos dentro de nós mesmos, nos mantendo presos num círculo vicioso de sofrimento.
Que outra Chave poderíamos mais precisar para saber se temos certeza de que não queremos mais nos fazer sofrer, ou seja, sofrer de nós mesmos?
Seguindo esta Lógica, quando conseguirmos não mais nos fazer sofrer, quem poderia ainda consegui-lo?
Assim, podemos ver também o quanto é inútil tentarmos nos auto justificar, ou nos auto punir diante Do Nosso Criador Comum A Todos, nos sentindo separados ou perseguidos e interpretando cada situação desfavorável a nós como uma punição dos Céus por termos cometido algum horrível crime. Já podemos saber que somos nós que perpetramos qualquer agressão a nós mesmos, e não temos a quem reclamar de nada.
Todos podemos ver o quanto é inútil tentarmos nos enganar mais sobre a responsabilidade sagrada e absoluta que cada mente tem com ela mesma.
Diante de tudo que já foi exposto, não podemos mais ter a ilusão ou falsa esperança de não encararmos em nós mesmos a responsabilidade conosco mesmos, que é a fundadora do si mesmo que somos.
Não podemos mais nos esconder de nós mesmos, fugindo desta responsabilidade conosco mesmos.
E isso vale para qualquer lugar do mundo, em qualquer continente, pois responsabilidade consigo independe de nacionalidade ou raça.

Podemos dizer que o jogo de crer que se pode fugir de si mesmo acaba quando caímos em si e percebemos que não temos outra alternativa a não ser encararmos o problema de frente.
Mesmo que cada mente que esteja fugindo de si interprete reflexões como esta como uma ameaça a essa fuga. Mas reflexões a este nível estão aparecendo em muitos lugares do mundo, pois o momento é de mudança de consciência, tanto em termos climáticos quanto econômicos. O movimento de mudança está em todo lugar.
E não podemos esquecer que a fuga a si, isto é, da responsabilidade por si, só intensifica a auto-agressão, criando mais tensão, mais pressão mental.
E que, ao contrário, esta fuga não faz afastar nem um milímetro a sombra mental a si de quem a está criando para si.
Fugir da própria sombra, para não ver a auto-agressão, urrar para abafar o eco da própria voz, são ferramentas úteis para constatar que é impossível fugir de si mesmo.
Quem descobre isso, não possui mais inimigos a si dentro de si.
E constatará que eles não mais existem fora de si.
Quem ainda não descobriu isso, seguirá se perseguindo, cultivando a própria paranóia, uma serpente que está devorando a própria cauda.

Este Descobrimento é também conhecido como “iluminação”, ou “céu”.
Não sabê-lo – o que não é mais o caso de quem já está realmente consciente de tudo isso que aqui está exposto - é o purgatório.
E sabê-lo e seguir negando-se a atuar em conformidade com ele - que é o caso de todo aquele que sabe e silencia sobre isso a si mesmo, ou foge dessa responsabilidade para consigo - é o que se chama na terra de “inferno”.

Não há prêmios ou punições que virão de “fora” de si mesmo por nenhuma dessas ações.
Só cabe a cada si mesmo descobrir se está interessado em saber-se em um ou outro caso possível a si, se céu ou se inferno a si, já que a ignorância disso, também chamado na terra de purgatório, acaba para quem se decide a tomar consciência da necessidade vital de saber o mal que está cometendo a si mesmo.
Assim, seja qual for o destino, o prazer de si a si ou a dor de si a si, o céu ou o inferno de si a si, cada si mesmo seguirá a mesma e própria viagem em si mesmo.
Por isso:
Aqueles que querem compartir a dor de negar-se, irão a um mundo infernal, criado por eles mesmos a eles mesmos, se multiplicando através de dilacerações recíprocas.
E Aqueles Que Compartirem Sua Própria Luz Própria, Também Terão O Mundo Feliz que criaram para si.
Em Crescente Consciência Do Si Mesmo Em Si Mesmo.
A Isto Se Chamou De:

SEPARAR O JOIO
- A Palha Mental Que Ignora Ser A Expansão Eterna Do Mesmo Si Mesmo -

DO TRIGO.
- O Fruto Desta Consciência.

Ambos, Joio e Trigo, Estão Presentes Em Cada Forma Mental de Ser Do Mesmo Si Mesmo.
A Criação É, Assim, Absolutamente Livre E Una Com Seu Criador.

Ou seja:
PERFEITA.



Austro Queiroz - Psiquiatra e psicoterapeuta, com doutorado em Medicina Psicocibernética na Alemanha. Tem formação em Gestalt-terapia; estudou e praticou Kinomichi, técnica oriunda do Aikido. É autor do livro "O Phenix: da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento", publicado pela Madras Editora, e Fundador do Movimento Cultura Phenix, sediado na França, Brasil e Espanha. Recentemente criou o Zen Budo, uma técnica de Meditação Física.

Fonte: Austro


                
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