16 de jan. de 2013

O Amanhã

  

40 - Disse Jesus: uma videira foi plantada sem o Pai, e como não se firmou, será arrancada por suas próprias raízes e será destruída.

A comparação completa sobre a videira que o Pai plantou e os ramos da videira se encontra nos Evangelhos de João XV e de Mateus XV, onde Jesus faz ver que o ramo só pode frutificar enquanto a seiva vital do tronco da videira o alimentar. Sendo que o Cristo se compara com o tronco da videira e os homens com os ramos, segue-se que a mesma vitalidade que flui pelo Cristo flui também pelos outros homens. Mas, se o homem não tem consciência desse Cristo interno e não vive de acordo com essa consciência crística, será cortado e lançado fora. Se, porém, um homem tem consciência do seu Cristo interno e a manifesta pela vivência, então será podado ou purificado para que produza fruto mais abundante ainda.

Destas últimas palavras se segue que a Cristo-consciência e Cristo-vivência não isentam o homem de sofrimento; mas o levam a um sofrimento crédito evolutivo.

Tomé frisa apenas um aspecto dessa parábola mística: que o homem que julga poder produzir fruto por si, pelo seu ego humano é como um ramo da videira que pretende frutificar sem receber a seiva do tronco da videira; esse homem acabará estéril e será lançado fora.

Sempre de novo, os Mestres espirituais da humanidade fazem ver que, na zona do livre arbítrio, não há alo-determinismo automático, como na natureza extra-hominal, mas sim autodeteminação voluntária; que o destino metafísico do homem não depende de Deus, mas do próprio homem, seja para sua integração no Infinito (vida eterna), seja na sua própria desintegração (morte eterna). Podemos dizer que, na zona do seu livre arbítrio, o homem é seu próprio Deus. O homem ou se realiza – ou se desrealiza; ou se integra – ou se desintegra, como, mais uma vez se depreende do texto acima.

 

 

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