14 de nov. de 2012

Amor Universal


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Jesus disse: vim para atear fogo ao mundo e, vede, eis que estarei vigiando até que ele arda.

O texto dos outros evangelistas difere ligeiramente, mas o sentido é o mesmo.

Em todo ser humano existe esse fogo divino; existe em estado latente, dormente, potencial, em forma de brasa, por assim dizer. Depende do livre arbítrio de cada um transformar em viva chama a brasa dormente e não permitir que ele continue apenas como brasa, ou até se apague totalmente. O flamejar do fogo potencial em fogo atual, como aconteceu no primeiro Pentecostes, depende de cada homem. 


As circunstâncias externas podem, certamente, dificultar ou facilitar esse rompimento do fogo; mas nenhuma circunstância pode impedir a atuação da substância interna.

O Uno do Universo, o Creador, creou imensa variedade no mundo do Verso, ou das creaturas. Além de creaturas apenas creadas, há algumas creaturas creativas, como o homem aqui na terra. Estas creaturas creativas podem e devem tornar-se melhores do que o Creador as fez, como ilustra maravilhosamente a parábola dos talentos. O homem não deve devolver ao Creador apenas o que dele recebeu, mas deve duplicar com a sua creatividade o talento que recebeu, deve transformar em atualidade a potencialidade recebida; se assim fizer, será “servo bom e fiel”; se não o fizer, será “servo mau e preguiçoso”, e perderá até a potencialidade creativa que recebera, perdendo a sua natureza humana; a brasa, em vez de flamejar, se extinguirá.


As leis cósmicas não permitem estagnação, que, cedo ou tarde, acabará em involução; as leis cósmicas exigem imperiosamente evolução, exigem que a brasa da creatividade potencial deflagre em chama viva de creatividade atual.


Diz o texto do Evangelho de Tomé que o fogo potencial no homem é “vigiado” pelo Cristo até que deflagre em viva chama. É este o Cristo interno presente em cada homem, que deve manifestar-se, como aconteceu em Jesus de Nazaré.


Obs: A substituição da tradicional palavra latina crear pelo neologismo moderno criar é aceitável em nível de cultura primária, porque favorece a alfabetização e dispensa esforço mental – mas não é aceitável em nível de cultura superior, porque deturpa o pensamento.
Crear é a manifestação da Essência em forma de existência – criar é a transição de uma existência para outra existência.
O Poder Infinito é o creador do Universo – um fazendeiro é criador de gado. Há entre os homens gênios creadores, embora não sejam talvez criadores.
A conhecida lei de Lavoisier diz que “na natureza nada se crea e nada se aniquila, tudo se transforma”, se grafarmos “nada se crea”, esta lei está certa mas se escrevermos “nada se cria”, ela resulta totalmente falsa.
Por isto, preferimos a verdade e clareza do pensamento a quaisquer convenções acadêmicas.

 

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