O Objetivo principal desta obra é o de levar cada mente que a lê a apreender, na sua forma lógica de pensar, conceitos abstratos e absolutos a ela, já que uma mente que se sente infinitamente distante desses conceitos não consegue concebê-los como algo que cria tudo que ela, mente, é.
Ou seja, a mente concebe esses conceitos como algo que é alheio, exterior a ela, e não algo que atue de dentro dela mesma, a partir dela mesma. Daí o propósito exposto no título deste trabalho, que indica a reflexão da mente sobre sua consciência de si mesma, para que consiga perceber que ela não está separada desses conceitos abstratos e absolutos, com raiz neles e sendo ao mesmo tempo fruto deles, inclusive as mentes que se consideram separadas deles (conceitos). Não é porque possamos nos pensar como separados deles que eles vão deixar de atuar em nós. Temos então um caminho a percorrer para chegarmos à compreensão disso tudo, partindo da crença (ilusória e comum) de estar separado do que é real, ou divino, até chegar à constatação de ser parte da inteligência universal e fruto dela.
Podemos ver este caminho também como um percurso que vai da concepção relativa de si mesmo até a concepção absoluta de si mesmo. Afinal, se nos aceitamos como relativo, por que não podemos nos aceitar como absoluto?
Expressando de outra maneira a equação acima, podemos dizer que este planeta, e / ou os seres que o habitam, são frações de uma inteligência comum incapazes de pensá-la como seu denominador, ou “algoritmo” de toda expressão de inteligência, que é uma ordem (ou ordenação, organização) capaz de se reconhecer, se regular e se reproduzir.
Visto que os seres ditos não racionais vivem, se regulam e se reproduzem de acordo com essa inteligência comum, sem sequer se preocupar com ela ou ter consciência dela, sendo naturalmente expressões dela, como podemos perceber em qualquer sociedade, grupo ou espécie animal. Colméias, formigueiros, matilhas ou bandos de animais, aves ou insetos são exemplos práticos dessa inteligência que se guia sem nem mesmo ter consciência disso.
Por que nós humanos não podemos fazer a mesma coisa, com a diferença de que podemos ter consciência disso? Por que não podemos nos conhecer até esse nível, de ter consciência de que nossa inteligência individual tem origem na inteligência comum, ou universal, sendo fruto dela por simplesmente pertencer a ela?
Mas, para chegar até essa consciência da mente sobre si mesma como sendo parte de um mesmo todo, e não podendo dele estar separada, precisamos abordar o problema, ou equação, que todo ser humano precisa enfrentar:
De que a mente concebe o absoluto como fora dela mesma.
E que esta falsa crença a impede de pensar-se até ele (absoluto).
Para iniciarmos nossa caminhada, vamos abordar o primeiro conceito absoluto, base de todo absoluto, que é o conceito de ”divindade”.
Vamos apresentar o conceito de Divindade aqui na sua essência mais simples, em sua expressão de lógica ou “inteligência”, ou seja, na sua forma mais “básica”, para que possamos nos acercar deste conceito sem medo dele nos parecer incompreensível.
A Divindade é assim a simples certeza interior de cada pessoa, fundada na clara consciência de que é uma idiotice fazer qualquer mal a si mesmo utilizando como artifício o raciocínio de que este mal a si esteja vindo de fora de si mesmo.
Na prática, o que se chama de agressão a si mesmo, interpretada como vinda do que está fora de si mesmo, é apenas uma projeção, no mundo, do mal que estamos objetivamente fazendo a nós mesmos.
Assim, esse atentar contra si mesmo, contra a própria inocência e integridade, é um ato que não parte de outra dimensão que não seja o si mesmo agredido. Esse si mesmo é a causa da agressão que ele mesmo recebe como efeito, por não ter ainda maturidade ou responsabilidade por si mesmo para ver que ele é o próprio agressor de sua integridade. E que, por achar que a agressão vem de fora, a encara como uma punição aos erros cometidos, que o leva a tentar esconder ou mascarar esses mesmos erros, em vez de simplesmente parar e olhar seu próprio percurso de vida para reconhecer os erros cometidos e aprender as lições ensinadas por eles.
A bem da verdade, esta é uma concepção temporal do ato, de causa e efeito, no sentido de que primeiro há uma causa / um agressor atuando, que vemos “fora” de nós mesmos, espelhado por qualquer ação no mundo, para depois haver um efeito / um agredido. A realidade é bem outra, que geralmente não vemos, isto é, que a causa e o efeito são simultâneos, que somos agressor e agredido ao mesmo tempo, no mesmo espaço, o interno, mas que, por não suportarmos ter que ver que o mal causado a nós é perpetrado por nós mesmos, preferimos transferir esta responsabilidade para algo ou alguém fora de nós.
Como dizem os orientais, só existe um inimigo, e este único inimigo de cada pessoa é ela mesma. Ou seja, o meu único inimigo sou eu mesmo, e ele só pode existir dentro de minha própria cabeça ou mente. Deste modo, a agressão a nós que vemos como vindo da dimensão “exterior” a nós mesmos é tão somente um espelho do que estamos fazendo a nós mesmos.
Essa constatação nos leva ao conceito de sistema, de auto-regulação e de desregulação.
Mas vamos com calma para não nos perdermos do Caminho à Divindade Em Si Mesmo.
Aliás, a definição de divindade dada acima equivale, em absoluto, à condição necessária para que se considere um sistema cósmico como auto regulado.
Como estamos falando de divindade, o sistema, ou estrutura organizada, ao qual nos referimos aqui, é o sistema cósmico, ou do todo.
Voltando ao sistema cósmico auto-regulado.
O que é isso?
É um sistema que pensa sempre a favor de si mesmo.
Ou que sabe que é uma idiotice fazer mal a si mesmo, conforme dissemos acima no conceito de divindade.
E qualquer sistema universal, seja ele uma estrela ou um grão de areia, se não estiver atuando em prol de si mesmo, não é um si mesmo, ou sistema, auto-regulado.
A sua desregulação, ou auto-agressão, vem assim do fato de que o sistema delegou sua autonomia ao espaço exterior de si mesmo, visto que não se sente mais capaz de “pensar sempre em prol de si mesmo”.
O problema mesmo aparece quando a mente lê a expressão: “pensar sempre em prol de si mesmo”.
Pelo fato de que ela crê que existe um “fora de si mesmo” no mundo, esquecendo que todo sistema cósmico é um sub sistema do cosmos que se pensa como um todo, ou seja, que se auto regula em conformidade com as leis cósmicas ou conforme a inteligência comum / universal.
Isto é, cada parte de um todo, contido nele e tendo sua origem nele, é igual a ele, embora não o compreenda, matematicamente falando. O todo compreende todas as suas partes, mas uma parte não compreende o todo, por ser menor do que ele. Em termos de sistema, cada Parte é um sub-sistema do sistema Todo.
O fenômeno do holograma, imagem tridimensional, pode nos ajudar a entender essa questão. Se o holograma de uma rosa é dividido em partes, será observado, através de laser, que em cada parte dividida, por menor que ela seja, ainda se encontrará uma imagem da rosa inteira, indicando que as partes(formas) não se perderam da origem do seu todo(fundo). Ou seja, mesmo onde aparentemente há uma multiplicação de formas, podemos ver que é o mesmo princípio de fundo agindo em expansão, pois cada parte é uma imagem à semelhança do todo.
Como cada parte possui em si o código genético do Todo, da mesma maneira que cada célula possui o do corpo que ela integra, cada sub-sistema do cosmos necessariamente se pensa (se auto-regula) como ele (seguindo suas leis).
E isto se dá em cada um de seus sub-sistemas, que se auto regulam de acordo com a inteligência comum, tendo ou não consciência deste fato.
Por isso o cosmos se espelha em cada um dos seus sub-sistemas, mesmo quando estes sub-sistemas atuam contra o sistema como um todo. Isto significa que os mesmos princípios que atuam no todo, ou sistema cósmico, atuam em cada uma de suas partes, ou sub-sistemas. Daí que qualquer parte é um espelho tanto para as outras partes quanto para o todo do qual se originou, como nos indica tão claramente um holograma já citado. Esta igualdade ou equivalência de fundo é o que nos permite ver o que acontece em nosso interior no que nos é espelhado pelo que é exterior a nós. Como no caso do mal que fazemos a nós mesmos, em que o “fora” de nós apenas nos reflete de volta o que nos auto infligimos.
Como é o caso do sub-sistema cósmico atuante na atual mente planetária.
Como a mente deste planeta se nega a saber-se simples sub-sistema de um vasto sistema cósmico uníssono, ela dá a este sistema como um todo constantes informações de como ele SERIA capaz de atuar contra si mesmo, SE ISTO LHE FOSSE POSSÍVEL.
Isto pelo fato da mente não admitir ser a única agente da agressão feita a si mesma. Por isso se sente separada do sistema cósmico, já que ela imagina que se realmente fosse parte dele não seria agredida por ele através de outras partes dele. Mas o percurso para se chegar à consciência de que não estamos separados do sistema cósmico que nos originou é exatamente o objetivo deste trabalho, ou seja, a volta à consciência de sermos integrantes de um mesmo todo indivisível.
Mas vejamos brevemente o que aconteceu no sentido inverso, ou seja, como chegamos ao pensamento de que estamos separados de nossa origem no todo, ou do todo que é nossa origem:
O sistema cósmico como um todo, na terra chamado de Pai, Deus, Olorum, Ki, etc, tornou-se “mente humana”, e assim, ele luta contra si mesmo através de cada mente onde ele se perdeu de si mesmo.
E como se deu isso?
Através da diferenciação de si mesmo em inúmeras formas, embora seja sempre o mesmo no fundo.
Como a forma se vê diferente do fundo que a gerou, ela se crê separada dele, por esta razão luta contra ele, por não ter a consciência ainda que o fundo de si mesma é igual ao fundo de onde vem. Luta inglória, como já vimos, pois esta luta é sempre contra si mesmo. Mas necessária, por esta luta ser uma maneira do todo se expandir em cada uma de suas partes, numa experimentação que recebe o nome de liberdade. No entanto, vamos nos ater mais ainda à questão desse lutar contra si mesmo.
Nesta luta contra si mesmo, o sistema cósmico se diferencia de si mesmo na forma, mas não no fundo, como já dissemos.
Na forma, porque cada maneira de lutar contra si mesmo é diferente em cada ser humano.
Cada forma é única, pelo fato de nenhum de nós cometer exatamente os mesmos erros, ao lutar contra si mesmo, de sequer uma outra mente fazendo o mesmo percurso.
No fundo, no entanto, trata-se sempre de uma luta contra si mesmo que é exportada ao “fora” de si mesmo, ao crermos que alguém pode atentar contra nós mesmos de fora de nós mesmos.
O sofrimento que passamos vem do fato de que não conseguimos ver que tanto este caminho de luta contra si mesmo é necessário e será percorrido por todos os humanos quanto pelo fato de que os erros que cometemos tem grande valor.
A bem dizer, os erros cometidos por uma mente nesta luta contra si mesma são o seu único e realmente valioso capital.
Pois esses erros nos levarão ao próximo passo dessa experiência, a expansão.
Os erros são valiosos porque dão à mente que os cometeu a experiência do que é perder-se de si mesmo.
E é este “perdido de si mesmo” que faz com que cada mente leve à divindade à EXPANSÃO da sua DIVINDADE UNA.
É preciso ter isso em mente sempre: Expansão e não “multiplicação”.
A Bíblia diz: Crescei e Multiplicai-Vos.
Mas ela se refere a uma expansão genética da mesma informação, vinda da mesma Inteligência Divina, que cria cada gen.
Assim, a multiplicação se dá através das formas (de vida), e não do fundo que as engendra.
Já que a Inteligência Divina (o fundo) é sempre a mesma, que é expandida em infinitas formas de si mesma em si mesma diferenciada em cada si mesmo (cada forma de vida).
E aqui está o engano da mente:
Ela crê que o Divino se “multiplica”, por estar olhando apenas para as inúmeras formas de vida no planeta.
Não atinando ao fato de que Ele apenas se Expande em Formas Distintas de Ser Sempre Ele Mesmo.
Inclusive quando está lutando, através das mentes, contra ele mesmo.
Esta é a razão pela qual precisamos desenvolver esta consciência da Expansão da Divindade:
Para que as mentes que confundem EXPANSÃO EM UNIÃO DE UM SÓ PRINCÍPIO - Expansão que guarda a Unicidade da Informação Essencial Ao Sistema Como Um Todo - Com “multiplicação dilacerante” do Principio Uno. Possam tomar consciência deste engano.
Como as mentes deste planeta crêem que está havendo uma “multiplicação”, elas acreditam que as “melhores colocações”.
- Nesta ilusão de achar que o sistema uno de informação age por multiplicação, quando na realidade ele está em expansão - “Pertencem” aos que são mais “hábeis”, mais “espertos”, mais “ousados”, aos que multiplicariam as coisas ao seu favor, provocando em contrapartida uma diminuição ao desfavor de um (mundo) inexistente “fora de si mesmo”, em um sistema global em expansão “DENTRO” e não “FORA” de si mesmo.
Esta é a crença na separação entre um “eu” dentro de si e os “outros eus”, fora de si mesmo, que provoca a competição entre cada “eu” e o cosmos, entre a parte e o todo.
Assim, a mente do mundo, ou seja, a mente que usa apenas referenciais do mundo físico, que é visto como limitado e compartimentado, segue querendo dominar o mundo. Sem atinar, que, com isso, perde poder sobre si mesma.
Logo, sobre o mundo real, dentro de si mesma.
Essa mente perde a noção de um si mesmo soberano nela mesma ao exportar para o mundo sua certeza da sua absoluta liberdade sobre si mesma, lançando isso à tela de projeção de um “fora de si mesmo” no mundo que ela crê fora dela mesma, não percebendo este “mundo” como ele realmente é, uma retro-alimentação, um ”feed back” que envia cada causa ao seu próprio efeito.
Essa mente não percebe que este Mundo / Espelho Projecional – em virtude da liberdade pessoal absoluta devida à divindade absoluta de cada sistema cósmico - não existe realmente como “exterior” a nenhum ”si mesmo”.
Por ser esse mundo o simples bumerangue que volta a si mesmo daquilo que se projeta / envia de si mesmo ao chamado fora de si mesmo.
Como diz o ditado, colhemos o que plantamos. Ou, recebemos o que damos, aquilo que fazemos aos outros estamos fazendo a nós mesmos.
Podemos ver, então, o que é dado a qualquer um que leia esta obra, que não necessitamos, falando em linguagem psicocibernética, de nenhum outro “dom” que não seja a lógica básica para entender o cosmos como um todo pensante, refletindo a mesma informação que rege toda auto-regulação de qualquer sistema destes cosmos:
O Fato de que cada si mesmo, para ser um si mesmo, não poder negar a si mesmo a responsabilidade sobre si mesmo.
Não importando o que seja esse si mesmo que esteja em qualquer dos sistemas do cosmos, esse si mesmo pode ser de “Anjos”, ou “Demônios”, ou “Bruxos”, ou “Extra-Terrestres”.
Ou pode ser de “ricos ou pobres”, “desalmados ou compadecidos”.
Ou de “Amorosos ou Odiosos”.
Ou de “Praticantes do Bem ou do Mal”.
O fato é que nenhuma dessas “formas de ser”, ou alguma outra que se defina em relação a outra coisa que não seja sua própria unidade em si mesma com todo o existente, escapa a essa regra.
Que reza que a Informação Central De Si Mesmo A Si Mesmo Pode Se Expandir Infinitamente Em Si Mesmo, pode tomar infinitas formas, que podem ser boas ou más em si mesmo:
Mas, JAMAIS, pode deixar de ser o si mesmo que iniciou em si mesmo esta viagem.
Esta evidência lógica faz com que, aqui, não se necessite de nenhum dom a mais, além da lógica, para poder entender-se como sub-sistema autônomo do sistema único em expansão em si mesmo.
Nada mais é preciso do que esta lógica básica da unidade em si de todos os sub-sistemas deste cosmos, como é constatado pela própria ciência.
Quem se pensa desde esta evidência, não está mais ameaçado pela própria mente, pois se sabe viajando nela, criando-a em si, saindo, assim, da ilusão de ser criado por ela.
Quem assim age, deixa de dar à mente poder sobre si mesmo e passa a usá-la como um simples instrumento de experiência de si, que é o que é cada mente, assumindo verdadeiramente o poder sobre si mesmo.
Quem entendeu a lógica básica de que, sendo o sistema cósmico uno, global, logo, em expansão em si mesmo, sai da ilusão de que uma mente, que é um simples sub sistema desse sistema total, possa criá-lo, ou até mesmo compreendê-lo.
Por ter entendido que é este sistema em expansão que cria e compreende toda mente:
Independente de que esta o veja em sua real posição de expansão – logo, inclusão de tudo em si - e não em multiplicação de um si mesmo com perda da essência do si mesmo central, ou na ilusória multiplicação de princípios individuais em exclusão aos demais.
Este, É, Então, O Terreno De Experimentação Do Si Mesmo Uno Expandindo-Se Em Todas As Suas Formas.
Ele Sabe que todas as suas formas voltarão a Ele, por serem elas Expansões Dele mesmo Sob Forma De Mentes, Se Experimentando Sem Consciência De Sua Unidade Em Si Mesmo De Si Mesmo.
Esta revelação, em nível cibernético-mental, aqui, evidencia que:
O SER SE EXPANDE ENQUANTO SUA MENTE CRÊ QUE ELE SE MULTIPLICA.
Estando interessada em multiplicar-se, e não em expandir-se, para fugir à memória da sua origem comum com toda criação, para crer-se sua própria origem, a mente é a parte lutando contra o todo, o relativo sem referência do seu próprio absoluto.
Nessa luta, o sub-sistema cósmico “mente humana” comete erros, que ao seu ver são irreparáveis, contra si mesma.
Erros como negar e mesmo assassinar a própria inocência, passando a julgar entre o bem e o mal, orientando-se, sempre, de forma parcial, em relação a um ou a outro, e não mais em relação a si mesma além deles.
Nunca é demais insistir sobre o fato de que as mentes que assim atuam são formas de divindade que estão trilhando sua própria forma de ser divinas.
Nem é preciso insistir sobre o fato de que toda mente encarnada neste planeta o fez por vontade própria de conhecer-se onde se nega.
Nem é preciso insistir que conhecer o ataque a si mesmo vindo de si mesmo é o único meio que tem um si mesmo de conhecer a si mesmo de forma absolutamente singular, cometendo e reparando os erros cometidos a si.
Ou seja:
APROPRIANDO-SE E USANDO SUA PRÓPRIA CRIAÇÃO PARA SABER-SE.
EM VEZ DE TENTAR, EM VÃO, FUGIR DELA.
Deste modo, é fato que nenhuma Mente pode escapar a esta Missão, que A Caracteriza.
Assim, nunca é demais lembrar que, como toda mente voltará à mesma fonte criadora de todas:
A única coisa que diferencia uma mente das demais é por onde ela passou, em seus erros de julgar em vez de pensar.
Também nunca é demais lembrar que o tempo de sofrimento que cada mente levará para entender a si mesma como uma expansão diferenciada da mesma divindade, e não como uma multiplicação com perda de informação central, comum a todas às suas formas, esse tempo, só depende dela mesma.
Assim, independente de que uma mente possa despertar agora, através desta reflexão psicocibernética, a esta evidência, ou que ela se perca de sua própria clareza a si mesma em si mesma durante toda uma eternidade, ela não terá como não voltar ao si mesmo que começou a viagem em si mesma, da qual ela não é mais que os seus atuais passos.
Esta CIBERNÉTICA DA RELAÇÃO CONTRAÇÃO / EXPANSÃO DO MOVIMENTO UNIVERSAL E SUA APLICAÇÃO PSICO-CIBERNÉTICA NA REFLEXÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA SOBRE SI MESMA.
É o Caminho Para Abreviar Esse Tempo De Sofrimento, às Mentes Que Assim O Desejarem.
Estas poderão abreviar sofrimentos inúteis lutando contra si mesmas, pensando que lutam contra outra coisa.
Como esta luta interna atinge o corpo – pois os ADNs de tais mentes recebem a mensagem que não ha um comandante claro a bordo - as mentes, de fato, quando sofrem uma morte psíquica, exportam sua morte psíquica, via seus ADNs, à morte física, isto é, do corpo.
Mas esse ato é em vão, pois, mesmo sem corpo físico, tais mentes não podem fugir da dor que causam a si mesmas em si mesmas.
Apenas sofrerão mais, pois sequer terão algum instrumento para atuar além do seu próprio conflito interno, que as di-cotomiza.
Estando sem corpo, reduzida a ela mesma, a mente apenas sofrerá, sem poder mais se distrair desse sofrimento, impossibilitada de fazer qualquer coisa além disso em um mundo corpóreo.
Entretanto, se a Divindade quisesse que alguma de suas formas sofresse eternamente desta experiência de não se saber em si, não teríamos recursos para tomar consciência de todo este processo e poder buscar um caminho de paz dentro de si.
Deste modo, a Inteligência Global Una, ou Inteligência Divina, ou Sistema Cósmico, ou O Todo, sempre encontra uma maneira de levar a cada mente pensante deste sistema, sub-sistema Dele, através de seus próprios canais já despertos, seja em qualquer dimensão, um caminho para que cada mente volte a ele.
É preciso ter em mente que é essencial saber que não se pode negar o que se sabe, através desta reflexão sobre a consciência da mente sobre si mesma, o que se conhece sobre o si mesmo em expansão global em si mesmo.
Onde poderia haver um “fora do todo” que não estivesse dentro dele?
Como que uma parte do todo não faria parte dele?
Ou como o todo poderia ser inteiro se excluísse uma de suas partes?
Podemos ver que esta separação é impossível.
Qualquer mente pode seguir se descobrindo no sofrimento de negar esta consciência a si mesma.
Mas não aprenderá nada de novo nesse processo.
Sequer experimentará “novos” sofrimentos.
Apenas seguirá experienciando o mesmo, de forma cada vez mais intensa.
Numa experiência desse tipo, produzida pela negação de si, é preciso notar que não há mais nenhuma inteligência criadora, apenas uma mecânica auto-desregulada de negação de si, através do não reconhecimento que todo conflito é produto da mente contra ela mesma.
E que, mesmo que leve uma eternidade inteira para isso, a mente sairá dessa atitude, no dia em que entender a diferença entre “saldo positivo e saldo negativo de si mesma em si mesma” (ou “do si mesmo em si mesmo”):
Já que ninguém consegue indefinidamente gastar mais do que ganha, pois até mesmo os banqueiros capitalistas estão entendendo isso.
Assim como ninguém conseguirá sofrer mais do que pode.
E uma eternidade de sofrimento fará com que a mente que a viveu não queira repetir, jamais, a mesma experiência.
No entanto, é preciso ter claro que esta opção não é fundada em uma inteligência se experimentando.
Assim, mesmo que uma mente leve uma eternidade para entendê-lo, ela o entenderá, pois mente é tempo, enquanto consciência é espaço, presença constante no tempo, situando-se em si além do que se passa no tempo.
Outra coisa que precisamos ter também em mente é que toda dor oculta a intenção de cultivá-la para sê-la.
O motivo de se manter uma dor em si, suportando-a, é para infligi-la fora de si em doses cada vez mais altas, para tentar dominar os que se fazem menos mal, fazendo-se mais mal ainda.
Qualquer filho sabe que não há esquema mais eficiente para fazer os próprios pais, parentes ou amigos sofrerem do que ficar sofrendo, se perdendo de si, criando coisas ruins pra si.
Nesse espaço entram os questionamentos, as dúvidas, a falta de responsabilidade em si por si, a síndrome do coitadismo:
“Me explica outra vez!” “Não entendi!” “Não Li!” Não Consigo!”
“Meu caso é diferente!” “Eu tenho motivos pra sofrer!”
E por aí vai.
Como dizia o título de um velho chorinho: “Sofres porque queres”.
Uma mente pode seguir repetindo tudo isso a si mesma durante uma eternidade.
Mas, a mente não fugirá do fato de que ela é livre de saber-se sem sofrer, mesmo vivendo na ilusão de poder fugir de consertar a si mesma onde se afastou de si mesma.
Por isso podemos afirmar, diante de tudo que já expusemos aqui, que:
A ÚNICA ARMA REAL É O VERBO.
Ou seja, O LOGOS.
Em geral, quase todas as pessoas esqueceram que É Dele Que Se Deriva A Noção de Lógica.
A Lógica É Então A Mão Que Detém Toda Arma.
Por Isso Podemos Dizer Que O Que Vem De Fora De Si Jamais Poderá Fazer Mal A Si.
E Que Dentro De Si, Só Ha O Verbo A Si.
Deste modo, ou somos coerentes, lógicos, dentro de nós mesmos, mostrando isso através de nossos pensamentos, palavras e atos, ou negamos a lógica dentro de nós mesmos, e nos agredimos. Lembrando o que dissemos antes, todo organismo, ou sub-sistema, auto-regulado age a favor de si mesmo, seguindo sua lógica interna que lhe dá vida, enquanto que os que estão desregulados negam esta lógica, atentando contra si mesmos.
Esta “Arma Lógica”, o Logos, o verbo, neste caso, através desta reflexão, mostra onde cada pessoa ataca seu próprio corpo emocional, onde cada mente que se crê multiplicando e não se expandindo destruirá o próprio corpo, por não possuir unicidade de si mesma em si mesma para agir em prol de si mesma.
E assim, a desregulação mental exporta ao corpo sua própria auto-dilaceração.
Quando não traímos aquela parte de nós mesmos que está atacando nosso próprio si mesmo, ou seja, em vez de parar de nos agredir, continuamos coniventes com essa auto-agressão disfarçada e mantida através de lamúrias, coitadismo, ou incapacidade de cuidar de si mesmo, pagamos um preço altíssimo, que são as dores físicas, as tensões que sentimos e que muitas pessoas silenciam sobre elas, preferindo morrer em silêncio do que admitir o mal que faz a si mesmos.
Como podemos ver, a Lógica É Uma Só.
E Ela é Válida Para Todos.
Os que A Seguem, Sempre Agem Em Coerência Com Ela.
Os que a negam a si em si, lutam contra ela em si.
É uma luta vã, que já está perdida de saída.
Mas é uma LUTA que Cumpriu Sua Sagrada Missão De Expandir A Divindade Em Infinitas Formas De Vivê-la, Em Expansão Da Mesma Lógica / Inteligência Básica:
A Que Rege Todo Sistema Auto-Regulado, Ou Seja, Livre, Autônomo, Em Si Mesmo.
Por isso nenhum caminho é melhor que outro, por piores que sejam as situações que tenhamos passado, ou que existam milhares de pessoas que achamos que tem um caminho melhor que o nosso, pois todos os caminhos são válidos para se chegar à consciência da divindade em si, ou seja, a consciência de que somos os únicos agentes de toda agressão a nós mesmos, e que cabe a nós refletir sobre o que fazemos a nós mesmos para aprendermos a agir a favor de nós mesmos, em consonância com a Inteligência Divina, ou Básica, presente em todo ser deste cosmos.
Podemos dizer então que a única “arma” que podemos ter apontada contra nossa cabeça é a Lógica que habita nosso próprio interior. Se estamos agindo contra essa lógica, estamos nos assassinando interiormente. Se é isto que estamos fazendo, é isto que enviamos ao sistema como um todo, e é isso que nos será enviado de volta como espelho. Esta é a prova da unidade do sistema cósmico, pois se houvesse separação real entre as partes de um todo, uma outra parte não poderia nos espelhar.
O que detestamos nos outros é aquilo que não queremos ver em nós mesmos.
A Lógica é então a Chave que temos para sair dessa cilada que criamos para nós mesmos dentro de nós mesmos, nos mantendo presos num círculo vicioso de sofrimento.
Que outra Chave poderíamos mais precisar para saber se temos certeza de que não queremos mais nos fazer sofrer, ou seja, sofrer de nós mesmos?
Assim, podemos ver também o quanto é inútil tentarmos nos auto justificar, ou nos auto punir diante Do Nosso Criador Comum A Todos, nos sentindo separados ou perseguidos e interpretando cada situação desfavorável a nós como uma punição dos Céus por termos cometido algum horrível crime. Já podemos saber que somos nós que perpetramos qualquer agressão a nós mesmos, e não temos a quem reclamar de nada.
Todos podemos ver o quanto é inútil tentarmos nos enganar mais sobre a responsabilidade sagrada e absoluta que cada mente tem com ela mesma.
Diante de tudo que já foi exposto, não podemos mais ter a ilusão ou falsa esperança de não encararmos em nós mesmos a responsabilidade conosco mesmos, que é a fundadora do si mesmo que somos.
Não podemos mais nos esconder de nós mesmos, fugindo desta responsabilidade conosco mesmos.
E isso vale para qualquer lugar do mundo, em qualquer continente, pois responsabilidade consigo independe de nacionalidade ou raça.
Podemos dizer que o jogo de crer que se pode fugir de si mesmo acaba quando caímos em si e percebemos que não temos outra alternativa a não ser encararmos o problema de frente.
Mesmo que cada mente que esteja fugindo de si interprete reflexões como esta como uma ameaça a essa fuga. Mas reflexões a este nível estão aparecendo em muitos lugares do mundo, pois o momento é de mudança de consciência, tanto em termos climáticos quanto econômicos. O movimento de mudança está em todo lugar.
E não podemos esquecer que a fuga a si, isto é, da responsabilidade por si, só intensifica a auto-agressão, criando mais tensão, mais pressão mental.
E que, ao contrário, esta fuga não faz afastar nem um milímetro a sombra mental a si de quem a está criando para si.
Fugir da própria sombra, para não ver a auto-agressão, urrar para abafar o eco da própria voz, são ferramentas úteis para constatar que é impossível fugir de si mesmo.
Quem descobre isso, não possui mais inimigos a si dentro de si.
E constatará que eles não mais existem fora de si.
Quem ainda não descobriu isso, seguirá se perseguindo, cultivando a própria paranóia, uma serpente que está devorando a própria cauda.
Este Descobrimento é também conhecido como “iluminação”, ou “céu”.
Não sabê-lo – o que não é mais o caso de quem já está realmente consciente de tudo isso que aqui está exposto - é o purgatório.
Não há prêmios ou punições que virão de “fora” de si mesmo por nenhuma dessas ações.
Só cabe a cada si mesmo descobrir se está interessado em saber-se em um ou outro caso possível a si, se céu ou se inferno a si, já que a ignorância disso, também chamado na terra de purgatório, acaba para quem se decide a tomar consciência da necessidade vital de saber o mal que está cometendo a si mesmo.
Assim, seja qual for o destino, o prazer de si a si ou a dor de si a si, o céu ou o inferno de si a si, cada si mesmo seguirá a mesma e própria viagem em si mesmo.
Por isso:
Aqueles que querem compartir a dor de negar-se, irão a um mundo infernal, criado por eles mesmos a eles mesmos, se multiplicando através de dilacerações recíprocas.
E Aqueles Que Compartirem Sua Própria Luz Própria, Também Terão O Mundo Feliz que criaram para si.
Em Crescente Consciência Do Si Mesmo Em Si Mesmo.
A Isto Se Chamou De:
SEPARAR O JOIO
- A Palha Mental Que Ignora Ser A Expansão Eterna Do Mesmo Si Mesmo -
DO TRIGO.
- O Fruto Desta Consciência.
Ambos, Joio e Trigo, Estão Presentes Em Cada Forma Mental de Ser Do Mesmo Si Mesmo.
A Criação É, Assim, Absolutamente Livre E Una Com Seu Criador.
Ou seja:
PERFEITA.
Austro Queiroz - Psiquiatra e psicoterapeuta, com doutorado em Medicina Psicocibernética na Alemanha. Tem formação em Gestalt-terapia; estudou e praticou Kinomichi, técnica oriunda do Aikido. É autor do livro "O Phenix: da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento", publicado pela Madras Editora, e Fundador do Movimento Cultura Phenix, sediado na França, Brasil e Espanha. Recentemente criou o Zen Budo, uma técnica de Meditação Física.
Em uma palestra que fui em São Paulo, conversei com o palestrante e num dos trechos da conversa ele me disse que não pode haver expansão da consciência. O motivo, segundo ele, é que expansão pressupõe um espaço a ser percorrido e espaço é apenas uma limitação dessa dimensão. Então, a consciência só tem uma saída que é se iluminar, ou seja, tomar consciência de si mesma. Além disso, eliminando o fator tempo, todas as consciências já são iluminadas. O que falta para que a gente desperte então? Ele não respondeu, mas acho que a resposta é "controle".
ResponderExcluirO palestrante era o Lázaro Freire, que também é psicanalista. =)
Eu diria o contrário, a resposta seria a meu ver um (não controle)... ou vc é guiado pelos códigos e condicionamentos (Mente) ou pelo seu silêncio (consciência)...
ExcluirLegal!
Excluir"Essa mente perde a noção de um si mesmo soberano nela mesma ao exportar para o mundo sua certeza da sua absoluta liberdade sobre si mesma, lançando isso à tela de projeção de um “fora de si mesmo” no mundo que ela crê fora dela mesma, não percebendo este “mundo” como ele realmente é, uma retro-alimentação, um ”feed back” que envia cada causa ao seu próprio efeito."
ResponderExcluir=S - Num intendi...
Isto é, Diferenciação - (Corromper) ela mesma (mente) ou poderiamos dizer a própria consciência pela simples ação de lhe dar atributos (julgamento / Não julgue para não ser julgado), sendo ela uma totalidade em si mesma sem atributos, até mesmo esta palavra (totalidade) seria uma contradição porque pressupõe (Não totalidade).
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