69 – Disse Jesus: Felizes no seu coração são os perseguidos, os que na verdade conhecem o Pai.
Felizes são os famintos, porque o corpo dos que sabem querer será saciado.
Felizes são os famintos, porque o corpo dos que sabem querer será saciado.
Esta continuação do capítulo precedente vem explicitamente mencionada no Sermão da Montanha, segundo Mateus.
Três atitudes humanas são possíveis em face do sofrimento e das adversidades da vida: revolta, resignação, regeneração.
O homem totalmente profano se revolta contra os sofrimentos, porque os considera somente como inimigos.
O homem espiritual tolera estoicamente os sofrimentos, sem se revoltar nem os aceitar; mantém-se numa atitude de passiva neutralidade, uma vez que não pode evitar as adversidades; não se torna melhor nem pior em face do sofrimento.
O homem crístico, porém, pergunta com o Mestre “não devia eu sofrer tudo isto para assim entrar em minha glória?” esse homem clarividente vê no sofrimento um amigo, um anjo, vestido de luto, sim, mas com o sorriso da redenção nos lábios, e a esperança da imortalidade nos olhos.
Não é verdade que o sofrimento como tal redima o homem, como alguns pensam. Há sofredores que se tornam piores pelo sofrimento; alguns acabam no suicídio; outros cream dentro de si um inferno de revolta e amargura. Não é o sofrimento em si que redime o homem; é a atitude que o homem assume em face do sofrimento que o modifica para melhor ou para pior.
Felizes são os famintos de uma vida superior, já enfastiados da vida profana. O próprio corpo desses famintos do espírito participará da plenificação espiritual. É necessário saber querer o céu para possuir também a terra.
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