Escada de Jacob por William Blake (c. 1800, British Museum, Londres) |
24 - Seus discípulos disseram: mostra-nos o lugar em que estás, pois é necessário que nós te busquemos. Respondeu-lhes ele: aquele que tem ouvidos que ouça. Dentro de um homem iluminado há luz e ele ilumina o mundo todo. Quando ele não brilha, há trevas.
Milênios antes do nosso tempo disse Moisés que a luz foi a primeira creatura de Deus, e da luz vieram todas as outras coisas.
Em nosso século escreveu Einstein que todas as coisas são produto da luz; todas são lucigênitas e todas podem ser lucificadas.
Mas, além da luz externa há uma luz interna, que é a causa e a fonte daquela.
“Eu sou a luz do mundo – vós sois a luz do mundo”.
A luz do mundo, de que o Cristo fala, é a luz metafísica, que creou a luz física.
Espírito é luz metafísica, luz imaterial, luz invisível.
A alma humana é uma emanação dessa luz infinita.
Quando o homem chega à plena consciência da sua alma-luz, então ele ilumina o ambiente em que vive, e, por fim lucifica as próprias coisas opacas, tornando-as transparentes como uma luz intensa diafaniza o prisma que permeia. A intensificação da luz da alma depende da conscientização. Quando o homem atinge o zênite da sua conscientização, então sabe e saboreia ele “Eu e o Pai somos um; o Pai está em mim e Eu estou no Pai”.
O principiante pensa que o Céu seja um certo lugar a que o homem deva ir; mas o iniciado sabe que o Céu é a conscientização da luz da alma.
A luz física tem a tendência de se difundir exteriormente em todas as direções; e tanto maior é a expansão da luz quanto mais intensa for a sua concentração. A mesma lei rege também a luz metafísica, quanto mais intensamente o homem se concentra em si mesmo, tanto mais extensamente irradia ele essa luz em derredor em benefício dos outros. O maior benfeitor da humanidade é o místico focalizado na luz divina. A grande lei da “constância das energias”, que a física conhece, impera também na metafísica: nenhuma energia se perde; todas as energias são constantes e se transformam.
Neste sentido dizia Mahatma Gandhi: “Quando um único homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de muitos milhões”.
Ninguém pode fazer bem aos outros, sem ser bom em si mesmo.
Ninguém pode difundir luz para os outros, sem ser luz em si mesmo.
Se o homem não for luminoso em si, será treva para si e para os outros.
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